Farmácia

Biologia

Farmacotécnica

Química

Biofísica

Sistema Urinário

Sistema Urinário

Função de filtrar o sangue eliminando resíduos nocivos ao corpo para o meio externo. Constituído pelos rins, ureteres, uretra e bexiga urinária.

- Rins:
Medem aproximadamente 8 centímetros. São retroperitoniais (Não são revestidos pelo peritônio). Sua função é filtrar o sangue e produzir a urina. Camadas de revestimento para sua proteção:
* Cápsula renal: É a camada mais interna, adere ao rim. Formada por tecido conjuntivo denso não modelado.
* Cápsula adiposa renal: É a camada intermediária. Formada por tecido adiposo.
* Fáscia renal: Camada mais externa. Também constituída por tecido conjuntivo denso não modelado.

Formado pelo: - Polo superior: onde se localiza a glândula supra-renal que transforma proteínas e gorduras em glicose. - Polo inferior. - Margem lateral. - Margem medial: onde se encontra o hilo renal (região por onde passa os ureteres, veia e artéria renal).

Internamente é formado pelo córtex renal (ao redor) e medula renal. Na medula renal tem gomos chamados de pirâmides renais e entre as pirâmides têm as colunas renais.
A urina é formada no córtex renal e após ser formada desemboca nos cálices renais menores. Depois vai para os cálices renais maiores até chegar na pelve renal.

O sangue chega ao rim através da artéria renal contendo resíduos metabólicos que devem ser eliminados. A artéria dentro do rim se ramifica em capilares que formam um emaranhado formando uma estrutura microscópica chamada de glomérulo. Os capilares do glomérulo têm pequenos orifícios chamados de janela que permitem o início da filtração do sangue. A filtração ocorre no néfron, que é a estrutura funcional dos rins. O glomérulo e coberto pela cápsula glomerular, uma das partes que formam o néfron. Existem milhares de néfrons em cada rim.
Néfron é composto por:
* Cápsula glomerular
* Túbulo contorcido proximal
* Túbulo contorcido distal
* Tubo coletor
* Alça do néfron

Não é todo o sangue que vai para o néfron, pois o glomérulo possui células chamadas de podócitos que fazem uma "barreira"permitindo somente a passagem de plasma sanguíneo. Hemácias, leucócitos e plaquetas, não passam.

Após o sangue entrar na cápsula glomerular, ele passa para o túbulo contorcido proximal, depois para a alça do néfron, depois para o túbulo contorcido distal e por último no tubo coletor.

Em cada parte do néfron encontramos um tipo de epitélio.
* Cápsula Glomerular - Tecido epitelial simples pavimentoso.
* Túbulo contorcido proximal - Tecido epitelial simples cúbico com microvilosidades.
* Alça do néfron - Tecido epitelial simples pavimentoso.
* Túbulo contorcido distal e o Tubo coletor - Tecido epitelial simples cúbico com microvilosidade, mas em menor quantidade.
O tubo coletor localiza-se em uma parte da pirâmide renal chamada de papila renal, depois dele a substância filtrada segue para os cálices e para a pelve.


- Ureteres:
Transportam urina dos rins à bexiga urinária. Partes anatômicas: Abdominal, pélvica e intramural. Histologia:
Mucosa - Camada mais interna, constituída por epitélio de transição (epitélio de transição é um epitélio especial onde as células globosas modificam ou não seu tamanho para aumentar o espaço de armazenamento de urina.
Muscular - Constituída por músculo liso.

Serosa - Camada mais externa. Formado por tecido conjuntivo denso não modelado e tecido epitelial simples pavimentoso.

- Bexiga Urinária
Armazena urina até a eliminação para o meio externo. Partes: Ápice (onde se encontra o ligamento umbilical mediano), corpo e fundo.
Internamente tem o trígono da bexiga, composto por 3 óstios, nas pontas os dois óstios dos ureteres (por onde chega a urina) e em baixo o óstio interno da uretra.
Histologia:
Mucosa - Epitélio de transição, sobre tecido conjuntivo frouxo intercalado com tecido conjuntivo denso não modelado.
Muscular - Músculo liso chamado de músculo detrusor da bexiga. Formado por duas camadas a mais interna é músculo liso longitudinal e a externa circular.

Adventícia - Tecido conjuntivo denso não modelado rico em feixes de fibras elásticas.


- Uretra
Localiza-se na pelve e tem dois esfíncteres, um interno e externo para um melhor controle da urina. No homem transporta também sêmen.


Partes anatômicas da uretra masculina:
- Parte intramural.
- Parte prostática: As duas revestidas por epitélio de transição.
- Parte membranácea: Revestida por tecido epitelial pseudo-estratificado colunar. Envolvido pelo esfíncter externo da uretra (músculo estriado esquelético) e contém as glândulas bulbo-uretrais.

- Parte Esponjosa: Formado por tecido epitelial pseudo-estratificado colunar intercalado com tecido estratificado pavimentoso não queratinizado. Tem na ponta a fossa navicular que também é formada por epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado.

Partes anatômicas da uretra feminina:
- Parte intramural: Revestida por epitélio de transição.
- Parte membranácea: Epitélio pseudo-estratificado colunar, envolvida pelo esfíncter externo da uretra que é formado por músculo estriado esquelético.

Sistema Genital


Função de produzir hormônios sexuais, responsáveis pela configuração do corpo do homem e da mulher e também serve para a perpetuação da espécie.

Sistema Genital Masculino

Formado por:
- Escroto
Localizam-se na regiam externa da pelve, é formado por pele enrugada e pelos, contém duas camadas de músculo liso, a mais interna chama-se dartos e a externa cremaster. Têm a função de abrigar os testículos, epidídimos e parte do ducto deferente. Para a produção adequada de espermatozoides a temperatura dos testículos deve estar entre 34 graus, por isso no frio se contraem e no calor relaxam, objetivando manter essa temperatura.

- Testículos
Principais órgãos do sistema genital. Têm função endócrina, produção de hormônios e função exócrina, produção de espermatozoides.
O epitélio germinativo dos testículos possui:
A testosterona por exemplo, hormônio sexual masculino é produzido por células denominadas edocrinócitos, as células de Leydig.
As células de sustentação são as células de Sertoli.
As células espermatogênicas que produzem espermatozoides.

- Epidídimo
Fica na região superior dos testículos, tem o objetivo de amadurecer e armazenar os espermatozoides até a ejaculação.

- Ducto deferente
Transporta os espermatozoides do epidídimo ao ducto ejaculatório. Atravessa a pelve e chega próximo a bexiga urinária onde localiza-se o ducto ejaculatório.
- Funículo espermático
Bolsa dentro do escroto que armazena testículos, epidídimo, parte do ducto deferente, veias, artérias e nervos. Atravessa a pelve através do canal inguinal.
- Glândula seminal
São duas glândulas exócrinas que ficam próximas a bexiga urinária. Produzem parte do sêmen, 60%. Nutre os espermatozoides e permite a eles que se locomovam no meio externo.

- Próstata
Localizada próxima as glândulas seminais. Produz os outros 40% do sêmen que auxilia na locomoção dos espermatozoides e por ser alcalino os protege contra a acidez da vagina. Também é na próstata onde o sêmen e os espermatozoides se misturam antes de serem liberados na ejaculação.

- Ducto ejaculatório
Localiza na parte interna da próstata, por onde chega os espermatozoides do epidídimos, vindos pelos ductos deferentes. Recebe também as secreções da próstata e das glândulas seminais.
- Glândula Bulbo-uretral
São duas, fica abaixo da próstata. Secreta um líquido transparente antes da ejaculação para preparar a uretra por onde vai passar o sêmen e que ele não entre em contato com resto de urina que foi transportada pela uretra.

- Uretra
Após sair do ducto ejaculatório o sêmen passa para a uretra e depois para o meio externo. Função de micção e ejaculação.

- Pênis
O corpo do pênis possui tecido erétil altamente vascularizado, quando esses vasos enchem de sangue ocorre a ereção. É formado por dois corpos cavernosos e um esponjoso por onde passa a uretra. A sua parte final é chamada de glande.



Sistema Genital Feminino


- Ovário
Órgãos pares e ovulares, localizados na região pélvica. Medem aproximadamente 2 centímetros de diâmetro. Função endócrina e exócrina, produzem gametas (ovócitos) e hormônios sexuais femininos.
Sustentados por ligamentos: Largo, suspensor do ovário e útero-ovárico.
Camadas histológicas: epitélio germinativo, túnica albugínea, córtex, medula.

Durante o sétimo mês de gestação o embrião do sexo feminino já apresenta todos os ovócitos que terá durante a vida. Após a primeira menstruação, menarca, todos os meses um ovócito será amadurecido e liberado. Alternando de ovário direito e esquerdo.

- Tuba uterina
Órgãos tubulares localizados lateralmente e superiormente ao útero. Função de captar o ovócito que foi amadurecido no ovário (pelas fímbrias), transportá-lo e proporcionar um local para a fecundação.
Formado por:
* Infundíbulo: Primeira porção, mais próxima ao ovário. Contém tecido recortado em forma de franja, chamado de fímbrias.
* Ampola - porção alargada onde ocorre a fecundação.
* Istmo - Parte mais fina
* Parte uterina - localizada no interior do útero.
É formada por músculo liso e revestida internalmente por tecido epitelial estratificado colunar ciliado.

- Útero
Localizado na pelve, posteriormente da bexiga urinária e anteriormente ao reto. Função local de desenvolvimento do novo ser. Formado por fundo, corpo, istmo e colo. Camadas histológica:
* Perimétrio - Mais externa. Formado por tecido conjuntivo denso não modelado e tecido epitelial simples pavimentoso.
* Miométrio - Camada intermediária, formada por 3 camadas de músculo liso (espiral, circular e longitudinal) contínua com a das tubas uterinas e da vagina.
* Endométrio - Mais interna, formada por duas camadas: funcional e basal. A funcional é a superficial, é a camada que descama durante a menstruação. Formada por tecido epitelial simples colunar e glândulas secretoras. A basal é profunda, vascularizada e regenera a superficial.

- Vagina
Liga o útero ao meio externo. Histologia:
* Mucosa - Epitélio estratificado pavimentoso, presença de rugas vaginais e presença de glândulas.
* Muscular - Músculo liso longitudinal e circulares.
* Fibrosa - Tecido conjuntivo denso não modelado com feixes de fibras elásticas.

- Vulva ou pudendo feminino
Conjunto de estruturas genitais externas:
* Monte púbis - Anterior à sínfise púbica, contém pelos.
* Lábios maiores - Protegem os lábios menores e são homólogos ao escroto do homem.
* Lábios menos do pudendo - Seguem do clitóris em direção posterior. Protegem o óstio da uretra e o óstio da vagina.
* Clitóris - Órgão erétil, homólogo ao pênis. Função sexual.
* Vestíbulo da vagina - fenda entres os lábios menores, ductos das glândulas vestibulares maiores e menores, óstio externo da uretra e óstio da vagina.
* Glândulas vestibulares - Maiores e menores. Produzem lubrificação.

O ligamento largo é formado pelas seguintes partes:
- Mesovário: abaixo do ovário
- Mesossalpinge: ao redor da tuba uterina
- Mesométrio: Envolve o útero


Escavações



Mutações

As mutações podem ser genéticas quando alteram a estrutura do DNA ou cromossômicas quando alteram a estrutura ou o número de cromossomos.

Causas:

- Podem ocorrer normalmente na natureza ou serem induzidas por agentes causadores de mutações (físicos e químicos, agentes mutagénicos).
- As células podem reparar muitos erros do DNA causado pelos agentes mutagénicos, mas quando o equilíbrio entre eles se rompe surge as mutações.

Elas podem ser letais, acarretar doenças ou anomalias. Mas também podem promover a evolução já que determinam o aumento da variabilidade genética e se causarem características que gerem longevidade.

Mutações Gênicas

Alteram uma ou mais bases do DNA, o que afetará a leitura durante a replicação ou transcrição.
Se ocorrerem em células germinativas são transmitidas hereditariamente, se ocorrerem em células somáticas podem provocar a formação de tumores.


Mutações Cromossômicas
Estruturais

As estruturais podem ocorrer por alterações de cromossomos como perda de genes, leitura duplicada ou erros na leitura de um ou mais genes.
Podem ocorrer por deleção, translocação ou inversão de partes do cromossomo.
Provocam anomalias e má formação do organismo, podendo até mesmo ocasionar a inviabilidade dele.

Deficiência ou deleção:
Quando ocorre a perda de pedações do cromossomo, genes.
Nas espécie humana a deleção do braço curto de um dos pares de cromátides do cromossomo 5 resulta na formação de um gameta com o cromossomo 5 defeituoso que poderá resultar caso o gameta seja fecundado, em um pessoa com
a síndrome de Cri du Chat ou síndrome do choro de gato.
Tem esse nome por causa do choro dos recém-nascidos, que lembra muito o miado de um gato.

Duplicação:
Quando ocorre uma dupla leitura de um gene e o cromossomo fica com um pedaço duplicado.

Translocação:
Quando ocorre a troca de pedaços entre cromossomos não homólogos, provocando erros na leitura.

Inversão:
Quando ocorre a quebra de um pedaço de cromossomo e ele se solda invertido causando erros na leitura dos genes.

Mutações Cromossômicas
Numéricas

Provocam alterações no número típico de cromossomos de cada espécie (cariótipo).
Se dividem em:
- Euploidias quando há a alteração de um genoma inteiro. (Não ocorre na espécie humana)

- Aneuploidia quando acrescentam ou perdem um ou mais cromossomos do genoma.
Nulissomia (2n-2): Perda de um par inteiro de cromossomos. No homem é letal.
Monossomia (2n-1): Um cromossomo a menos no cariótipo.
Trissomia (2n+1): Um cromossomo a mais no cariótipo.

Síndrome de Klinefelter

Trissomia do cromossomo X, cariótipo 44A + XXY = 47 cromossomos. (2n+1)

- Sexo masculino, testículos pequenos, genitais infantis, esterilidade, mamas desenvolvidas, estatura desenvolvida, deficiência mental.

Síndrome de Down

Trissomia do cromossomo 21, cariótipo 45A + XX = 47 ou 45A + XY = 47. (2n+1)

- Ambos os sexos, deficiência mental, fendas palpebrais (espaço entre a pálpebra superior e inferior) mongoloides (olhos puxados característicos dos povos mongóis), pescoço curto e grosso, cardiopatias, uma única linha transversal na palma da mão (simiesca), genitália pouco desenvolvida.

Essas alterações ocorrem normalmente por um problema na meiose das células germinativas. Uma não-disjunção na II divisão, uma célula fica com dois cromossomos e a outra sem nenhum.

Síndrome de Turner

Monossomia do cromossomo X, cariótipo 44A + X0 = 45 cromossomos. (2n-1)

- Sexo feminino com ovários atrofiados, deficiência hormonal, esterilidade, ausência de menstruação, mamas pequenas, pescoço alado, deficiência cardíaca, deficiência mental pequena.

Sangue

- Densidade
Quantidade de massa em determinado volume
- Viscosidade
É a facilidade que um líquido têm de se movimentar. Quanto maior a viscosidade menor a velocidade
- Tensão superficial
A força que a superfície do líquido aguenta até se romper.
- Rotação
- Pressão
A força que uma substância passa por uma determinada área
. Determinada pelo produto do fluxo sanguíneo (débito cardíaco) pela resistência do vaso.

Fluxo do sangue
Fluxo laminar - em uma mesma direção
Fluxo turbulento

Pressão arterial
Pressão, força exercida pelo sangue na parte interna das artérias.

- Pressão sistólica
Força do fluxo das artérias quando há contração do coração, bombeamento do sangue.
- Pressão diastólica
É o momento de intervalo entre as contrações, onde a pressão sanguínea tem o seu menor valor.

Quanto maior a área do vaso menor a velocidade. E quanto maior a área menor a pressão.

Compressibilidade
É a capacidade que tem de ser comprimido. Os gases são mais compressíveis porque não tem fórmula própria nem volume definido. Ao contrário dos líquidos.

Débito cardíaco
É a quantidade de sangue bombeado por minuto. Ele varia de acordo com a atividade do coração.

Volemia
É a quantidade de sangue no corpo. A
hipovolemia é causada por uma perda rápida de sangue do corpo, por um choque hemorrágico por exemplo. Então não ocorre a entrada de sangue suficiente nos órgãos o que faz com que eles parem de funcionar. Fracasso de múltiplos órgãos.

Distensibilidade dos vasos
É a capacidade que os vasos sanguíneos têm de se expandir, esticar. Isso diminui a resistência dos vasos.


Resistência

O que determina a resistência são fatores como o comprimento do vaso, viscosidade do sangue e raio do vaso.
- Quanto maior a viscosidade do sangue e o comprimento do vaso, maior é a resistência.
- Quanto maior o raio do vaso, menor a resistência.


Hipertensão é a pressão arterial maior do que o normal, a pressão arterial pode ser interferida pela osmose, como na ingestão de sal, ele permanece no meio extracelular então o corpo tende a acumular mais água no corpo para manter o equilíbrio. Assim, faz aumentar a quantidade de sangue, fazendo com que a pressão arterial aumente.

Diuréticos:
Atua nos rins e ajuda na diminuição de eletrolitos como sódio e cloro. Na eliminação do sódio provoca redução do líquido extracelular, diminuindo a pressão.

Vasodilatadores:
Atua nos vasos sanguíneos, dilatando-os.

Betabloqueadores:
Tem a função de antagonizar receptores beta adrenérgicos (sistema simpático). Assim diminuindo a atividade cardíaca.

Isomeria


O álcool etílico tem ponto de ebulição a 78 graus Celsius, tem peso molecular 46u e é formado por C, H e O, tendo forma molecular de C2H6O.
Ele é bastante reativo e reage rapidamente com sódio metálico formando C2H5ONa, com a liberação de H2.
Reage também o iodo, formando C2H5I, havendo liberação de H2O.


Já o éter dimetílico tem ponto de ebulição a -24 graus Celsius, sendo gasoso a temperatura ambiente.
Possui forma molecular de C2H6O, a mesma do álcool etílico.
Mas as propriedades físicas deles são bem diferentes, sendo que esse éter não reage com o sódio e quando reage com o iodo forma CH3I, iodo-metano.


Essas propriedades físicas diferentes mesmo possuindo moléculas com os mesmos átomos, ocorre pela diferença na forma como esses átomos se ligam e se organiza sua estrutura.
Esses compostos são chamados de isômeros.



Isomeria Plana


- Isomeria de Cadeia:
Isômeros pertencem à mesma função, mas apresentam diferentes tipos de cadeia principal.


Contêm número diferente de átomos de carbono na cadeia principal.

- Isomeria de Posição:
Os isômeros pertencem a mesma função e têm o mesmo tipo de cadeia, mas apresentam diferença na presença de um grupo funcional, de uma ramificação ou de insaturação.

- Isomeria de funções:
Isômeros que pertencem a funções diferentes.

- Metameria:
Isômeros que pertencem a mesma função, possuem o mesmo tipo de cadeia, mas existe uma diferença na posição de um heteroátomo.
ex:

 CH3 - CH2 - NH - CH2 - CH3, o mesmo que C4H11N       ⇒ AMINA


 CH3 - NH - CH2 - CH2 - CH3, o mesmo que C4H11N       ⇒ AMINA

- Tautomeria
Caso particular de isomeria de função, no qual os isômeros coexistem em equilíbrio dinâmico em solução.





Isomeria Espacial

- Isomeria geométrica:
São composto com a distribuição espacial diferente. Ocorre quando tem insaturação.
Podem ser classificados como
Cis (Z) e Trans (E).


Cis - quando os ligantes de maior massa situam-se do mesmo lado da molécula.
Trans - quando os ligantes de maior massa não se situam do mesmo lado da molécula.



Z/E: são usados caso aja três ou mais substituintes diferentes ligados à ligação dupla. Então caso os de maior prioridade estiverem do mesmo lado usa-se Z. Se estiverem opostos, usa-se E.
 

- Isomeria Óptica:
Os isômeros são compostos assimétricos, que possuem carbono quiral. 

Têm atividade física semelhantes, mas têm efeitos fisiológicos diferentes e desviam a luz polarizada de modos distintos. 

Levogiros: São compostos que desviam a luz polarizada para a esquerda. 
Dextrogiros: São compostos que desviam a luz polarizada para a direita.

A mistura equimolar dos isômeros levogiros e dextrogiros chama-se
mistura racêmica.
Isômero óptico também pode ser chamado de enantiômero.

Sistema Digestório

Tubo Gástrico Intestinal - TGI:
Conceito:

- Do final da faringe (Esôfago) até o ânus.

Dividido em supra-diafragmático. Órgãos da região acima do diafragma. E infra-diafragmático, órgãos abaixo do diafragma.

Formado por:
- Cavidade oral
- Faringe
- Esôfago
- Estômago
- Intestino Delgado
- Intestino Grosso
- Reto
- Ânus
- Glândulas anexas (glândulas salivares, fígado e pâncreas)

*Boca:
- Cavidade oral:
Vestíbulo da boca
Palato ósseo (duro), palato muscular (mole): separa cavidade oral e nasal.
Úvula: final do palato.
Fossa Tonsilar: tonsila palatina. (Formado por linfá contém muitos linfócitos e tem função de defesa do organismo como produção de anticorpos.)
Língua: músculo estriado esquelético, feixes de fibras musculares intercruzam o tecido conjuntivo. O frênulo lingual no soalho formado por músculo liso.
Papilas linguares:
* Filiformes
Não contém botões gustativos
* Fungiformes
Contém botões gustativos
* Circunvaladas
Contém inúmeros botões gustativos (órgãos sensoriais especializados). Células gustatórias: terminação dendrítica, microvilo gustatório, projeta-se para a superfície abertura poro gustativo.
- Istmo da garganta

*Esôfago

Comunica a faringe ao estômago. Movimentos peristálticos.
Porções: Cervical - posterior a traqueia.
Torácica
Abdominal - Abaixo do músculo diafragma.
Junção gastroesofágica.

*Vísceras Abdominais:
São órgãos internos do corpo que contém espaço.
- Estômago
- Intestino
- Fígado
- Vesícula biliar
- Pâncreas
- Baço
- Rins
- Ureteres (parte)

*Estômago

Funções principais: Continuar a digestão de carboidratos, adicionar fluído ácido (ácido clorídrico) e transforma este bolo em uma massa viscosa (quimo) por meio da atividade muscular e iniciar a digestão de proteínas.
Cárdia e piloro são esfíncter gastroesofágica e gastroduodenal.
É um órgão peritonizado, revestido por peritônio o que lhe confere grande movimento.

Histologia do pulmão:
Túnica mucosa:
Túnica mucosa possui epitélio simples colunar
Presença de pregas gástricas, fossetas gástricas e glândulas.
Glândulas gástricas - Células:
- Parietais: Produzem ácido clorídrico.
- Caliciforme: Produzem muco.
- Principais: Produzem pepsinogênio (forma inativa de pepsina que ajuda a digerir proteínas)
- Argentafins: Produzem serotonina e histamina.
- Endócrinas: Hormônio gastrina.
Túnica submucosa:
Tecido conjuntivo denso mais plexo submucoso.
Túnica muscular:

Presença de 3 camadas de músculo liso - Longitudinal, circular e oblíqua.
Túnica serosa

*Intestino Delgado
Mais ou menos 4 a 5 metros. Sustentado pelo mesentério. Órgão onde a digestão é completada e ocorre a absorção de nutrientes.
Duodeno: 25 centímetros, do piloro a flexura duodenojejunal (forma de um C). Recebe a Bile e o suco pancreático através de ductos. É retroperitonial.

Jejuno-Íleo: Fixo a parte posterior pelo mesentério.
Jejuno - 1 metro de comprimento. Apresenta pregas circunvalares e vilos para aumentar sua absorção. Tem mais pregas que o íleo.
Íleo - 2 metros, porção final até o ceco.

Mucosa:
Epitélio simples colunar. Lâmina própria - tecido conjuntivo frouxo com glândulas intestinais. Vilosidades e microvilosidades. Células: Absortivas, caliciformes (produzem muco), enteroendócrinas (libera hormônios), Paneth (Libera lisozima - antibactericida).

Submucosa:
Tecido conjuntivo denso mais plexo submucoso.

Muscular:
2 camadas de músculo liso. Circular interna e longitudinal externa.

Serosa - Jejuno-íleo
serosa/adventícia - duodeno

*Intestino Grosso
Recebe alimento não digerido, absorve água e eletrólitos do quimo, forma e elimina fezes.
Se inicia no quadrante superior esquerdo do abdome.
Partes anatômicas:
- Ceco: Possui o apêndice vermiforme.
- Colo ascendente
- Colo transverso
- Colo descendente
- Colo sigmoide
- Reto
- Canal anal: ânus.

Possui Tênias, condensação de fibras longitudinais externas em 3 faixas espessas.

*Fígado
Maior glândula do corpo. Metaboliza e armazena nutrientes (glicogênio). Neutraliza e elimina substâncias tóxicas absorvidas. Secreta bile. Fagocitose de células vermelhas do sangue e algumas bactérias.

Localizado na parede anterior do abdome, pelo peritônio parietal. Quadrante superior direito.

Possui lobo direito, esquerdo, quadrado (vesícula biliar) e caudado (veia cava inferior).
Entre o caudado e o quadrado há uma fenda transversal chamada hilo do fígado e peto dele por onde passa um conjunto de estruturas como a veia porta, artéria hepática, ducto hepático comum, nervos; é chamado de pedículo hepático.

*Vesícula Biliar

Fica fixa a parte inferior do fígado. Armazena a bile, secreção exócrina dos hepatócitos, participa da eliminação de substâncias tóxicas e digestão de lipídios.

As células hepáticas, hepatócitos (ficam no fígado), sintetizam e secretam bile que chegam aos ductos bilíferos intra hepáticos, eles se unem e formam os ductos hepáticos esquerdo e direito. Os dois se unem e forma ducto hepático comum. A junção dele com o ducto cístico (que drena a vesícula biliar), forma o ducto colédoco que desemboca no duodeno, assim como o ducto pancreático.

Sistema Porta Hepático: A veia porta entra no fígado com nutrientes e outras substâncias que foram absorvidas do sistema digestório, pâncreas, baço e passando pelo fígado antes de retornar o sangue para o coração. Essa modificação faz com que seja armazenado, metabolizado e no caso de substâncias prejudiciais, desintoxicado. Esse sangue deixa o fígado pelas veias hepáticas e chega à veia cava esquerda retornando ao coração.

*Pâncreas

Retroperitoneal e inferior ao estômago. A parte exócrina é produzida pelos ácinos, estrutura túbulo-alveolar com epitélio simples colunar que produz suco pancreático e libera no duodeno para ajudar na digestão.
A parte endócrina, produz o glucagon e a insulina, através de grupamentos de células fora dos ácinos, chamados de ilhotas pancreáticas ou ilhotas de Langerhans.
Fica na curva do duodeno, posição transversal.

Coração



O coração pode continuar a operar sem qualquer interferência nervosa, pois tem células autoexcitáveis. Mas a eficácia da ação cardíaca pode ser muito afetada pelo sistema nervoso central. O sistema nervoso é conectado ao coração através de dois tipos de grupos nervosos, o sistema parassimpático e o sistema simpático.

Estimulação Simpática

Aumenta a frequência cardíaca, a força de contração e o fluxo sanguíneo nos vasos coronários. Provoca a taquicardia (batimentos cardíacos acelerados), através da liberação de adrenalina pelas glândulas supra-renais e adrenais.
Os neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso simpático liberam a noradrenalina, que mantém a pressão sanguínea em níveis normais, pois aumenta o influxo de cálcio nas células.


Estimulação Parassimpática

Diminuição das atividades do coração, pois libera a acetilcolina que tem efeito antagônico aos neurônios do sistema nervoso simpático, provoca a braquicardia.

Ondas de
Eletrocardiograma


Ondas P: Despolarização atrial.
Complexo QRS:
Despolarização ventricular. (É também nesse momento que acontece a repolarização atrial mas não costuma ser registrada pois é encoberta pela despolarização do ventrículo, que é um evento elétrico concomitante e mais potente)

Ondas T: Repolarização ventricular.



Intervalo PR: Indicativo de velocidade de condução de sangue entre átrios e ventrículos. Entrada de sangue no ventrículo. Sistole atrial (contração. Diástole relaxamento.)
Período PP: Frequência atrial.
Período RR: Frequência ventricular.
Intervalo ST: Pausa significativa, importante em isquemia/infarto.
Intervalo QT: Sistole ventricular.


Derivações do Coração

Serve para que se possa observar o coração de vários ângulos.
Eixo elétrico do coração é onde se encontra o conjunto de fluxos de correntes durantes a despolarização dos ventrículos.
D2 mostra a atividade elétrica de maior projeção.

Através dessas derivações podemos ver a frequência cardíaca, o ritmo cardíaco, eixo, hipertrofia, infarto.


Ritmo Sinusal: batimento normal do coração.
Ritmo ectópico: Um foco ectópico acontece é a ausência de onda P.
Arritmia: Flutter (taquicardia onde a frequência está entre 200-300 bpm), Fibrilação até 600 bpm. Bradi, taqui, extra sistole.
Outros: Insuficiência cardíaca.


Medicamentos:

Digoxina:
Estimula a troca de sódio por cálcio nas células, aumentando a força da contração cardíaca. Ajuda em doenças como insuficiência cardíaca e taquicardia.

Bloqueadores Beta:

- Antiarrítmico:
Antagoniza (os neurônios do sistema nervoso simpático) os receptores beta de noradrenalina. Controle de ansiedade e impede a taquicardia. Reduzindo a atividade cardíaca.


Sistema Respiratório

Conjunto de órgãos responsáveis pelas trocas gasosas (O2 por CO2).

Estruturas:

* Vias aéreas superiores:
- Nariz
- Seios Paranasais
- Faringe
- Laringe

* Vias aéreas inferiores:
- Traqueia
- Brônquios
- Pulmões: Pleura

Função da porção condutora: Conduzir, aquecer, umidificar o ar.
Cartilagem nasal (cartilagem hialina) revestida externamente por pele, tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado, penetra nas narinas.

Nariz: ápice, base, dorso, raiz.

Glândulas sudoríparas: Produz suor, que é importante para regular a temperatura do corpo e eliminar substâncias tóxicas.
Glândulas sebáceas: Produzem sebo, que tem função de proteção, ele deixa a pele e os pelos à prova d'água prevenindo-os de se tornarem secos e quebradiços. Também pode inibir o crescimento de microrganismos na pele.
Glândulas seromucosas: Produzem substâncias com função lubrificante e protetora.

- Cavidade nasal:

Das narinas até os cóanos.
Anterior: Narinas.
Posterior: cóanos.
- Vestíbulo nasal: Das narinas até o limiar do nariz. Revestido por pele e vibrissas. Tecido epitelial estratificado pavimentoso não queratinizado.
Tecido conjuntivo denso.

- Cavidade própria do nariz: Do limiar do nariz até os cóanos. Revestida por mucosa. Tecido epitelial pseudo-estratificado colunar ciliado, com células caliciformes (secretora de muco - protege contra bactérias, desidratação e servem como lubrificante).

Concha nasal superior, meato nasal superior. Concha nasal média, meato nasal médio. Concha nasal inferior e meato nasal inferior (ducto lacrimonasal).

Epitélio olfatório: Tecido epitelial pseudo-estratificado colunar ciliado, com receptores especializados para olfação. Lâmina própria, contém Glândulas de Bowman.

Células etmoidais ficam em cima das conchas nasais.

- Faringe:

Tubo muscular (músculo estriado esquelético), associado a dois sistemas, respiratório que é a passagem de ar, vai para a laringe e digestório a passagem de alimento, que leva ao esófago.
Até o início da faringe é tecido respiratório, depois é tecido estratificado pavimentoso não queratinizado.

Epiglote: Válvula, feita de cartilagem elástica revestida por tecido epitelial estratificado pavimentoso não queratinizado.

- Laringe:

Formado por cartilagem unidas por tecido conjuntivo fibro elástico, músculos (músculo estriado esquelético) e tecido respiratório.
Conduz o ar e produz o som (fonação).

Esqueleto cartilaginoso:
Cartilagem tireóidea, cartilagem cricóidea, formadas por cartilagem hialina. Revestida de tecido respiratório (tecido epitelial pseudo-estratificado colunar ciliado)
Cartilagem aritenoidea e cartilagem epiglótica, formadas por cartilagem elástica.

- Cavidade da laringe:
*Ventrículo da laringe é delimitado por duas pregas:
A superior é a prega vestibular e a inferior é a prega vocal.
Formadas por tecido epitelial estratificado pavimentoso não queratinizado e Tecido conjuntivo denso modelado.

*Ádito da laringe é o orifício de entrada.
*Glote porção compreendida entre as pregas.
*Cavidade infraglótica fica em baixo das pregas vocais.

- Traqueia

Órgão tubular constituído por 16 a 20 anéis cartilaginosos incompletos, cartilagem traqueal - hialina - Ligados entre si pelos ligamentos anulares, tecido conjuntivo fibroso interposto. A parede posterior é composta por músculo traqueal - liso - chamado de parede membranácea da traqueia.
Quando a traqueia se bifurca é chamada de Carina.


Tecido epitelial respiratório:
Mucosa: tecido conjuntivo frouxo fibro elástico
Submucosa: tecido conjuntivo denso não modelado fibro elástico.

Adventícia
Anéis de cartilagem hialina são revestidas por pericôndrios e ligamentos (tecido conjuntivo fibroso interposto)

- Brônquios:

O brônquio direito é mais calibroso, mais curto e mais inclinado.

* Brônquios principais:
Semelhança estrutural com a traqueia.
* Brônquios lombares
Tecido respiratório, musculatura lisa entre a lâmina própria e a submucosa.
* Brônquios segmentares
* Bronquíolos
* Bronquíolos terminais
Aqui já começa a ser epitélio simples cúbico para facilitar as trocas gasosas
* Bronquíolos respiratórios
Suas paredes estão interrompidas pelas presenças dos primeiros alvéolos.
*
Ductos alveolares
Não possuem paredes próprias.
* Sacos alveolares
* Alvéolos
Epitélio simples pavimentoso, que contém pneumócitos I e II e macrófagos (defesa).

Pneumócito I: Existe em maior quantidade, reveste os alvéolos, mantendo-o de fácil passagem para os gases.
Pneumócito II: Produz uma substância surfactante que reduz a tensão do líquido alveolar, facilitando a abertura dos alvéolos e impedindo que suas paredes se grudem.


- Pulmões:

Principal função: Hematose.

- Ápice
- Base
- Faces (onde encosta): Diafragmática, costal e mediastinal.
- Lobos: Pulmão direito tem 3 (superior médio inferior) e o pulmão esquerdo tem 2 (superior e inferior).
- Fissura oblíqua do pulmão direito/esquerdo. Fissura horizontal do pulmão direito.
- Hilo do pulmão: É localizado na parte mediastinal de cada pulmão, abertura por onde entra e sai estruturas.
-Raiz do pulmão: Formado pelas estruturas que entram e saem do pulmão, onde temos: brônquios principais, veias e artérias pulmonares, artérias e veias bronquiais e vasos linfáticos.

Revestidos por tecido conjuntivo denso.

* Pleura:
Membrana que reveste externamente os pulmões. Formado por epitélio simples pavimentoso e uma fina camada de tecido conjuntivo.
É formada por uma dupla camada, tendo a pleura visceral e parietal.

Na cavidade pleural fica um líquido pleural que serve de lubrificação e facilitação dos movimentos dos pulmões.

Biofísica

Transporte

Bomba de sódio e potássio o Na+ sai do meio intracelular para o extracelular por transporte ativo, porque é contra o gradiente de concentração, pois dentro da célula tem menos Na+ do que fora. A mesma coisa com o K+ que entra na célula sendo que está em maior quantidade dentro dela.

O K+ tem tendência a sair da célula, efluxo, e a bomba de Na+/K+ o coloca dentro novamente.

A bomba de sódio e potássio mantém o equilíbrio celular, fazendo o transporte sempre que necessário.



Potencial de Membrana

A diferença de potencial elétrico entre o meio intracelular e o extracelular é chamado de potencial da membrana.

Dentro tem excesso de ânions e fora tem excesso de cátions, falta elétrons. Sendo assim a célula terá tendência de ficar negativa no meio intracelular.

-90mV

Células musculares e nervosas são excitáveis, capazes de gerar impulsos eletroquímicos em suas membranas e podendo utilizar esses impulsos para a transmissão de sinais ao longo da membrana.

Na maioria das células o potencial da membrana se encontra inalterável a não ser que ocorra interferência externa.
A isso se da o nome de potencial de repouso.

O Na+ no líquido extracelular é 11 vezes maior do que no líquido intracelular (9g/L)

Potencial de Ação: Alteração rápida e brusca que ocorre no potencial de Repouso e se propaga pela célula.

Despolarização:
Com a abertura dos canais de sódio, o sódio começa a entrar na célula por difusão, fazendo com que o meio intracelular deixe de ser negativo e fique positivo e o meio extracelular fique negativo.
O potencial da membrana muda.

Repolarização:
A permeabilidade dos íons de sódio voltam ao normal e ele que estava em grande quantidade no meio intracelular passa a ser mandado de volta ao meio externo. Já a permeabilidade dos íons de potássio aumenta pois há muitos íons no interior da célula, então ocorre uma saída de potássio também.
Até a célula se repolarizar, ficando com o interior negativo e o exterior positivo e atinge o potencial da membrana um pouco mais negativo do que o potencial de repouso, por volta de -95mV.

Repouso:
É a fase que a célula volta a situação anterior à excitação. A permeabilidade dos íons de potássio volta ao normal e a célula retorna às condições iniciais e ao potencial de repouso -90mV.

Esse processo dura de 2 a 3 milissegundos.

Estímulos
Entrada de Na+ maior do que a saída de K+

Limiar: São quando acontecem estímulos que levam a célula à alcançar o limiar de excitação, fazendo uma inversão da polarização, modificando o potencial elétrico da célula, causando o potencial de ação.

Sub-limiar: São estímulos que ocorrem no organismo, mas a célula não chega no potencial de ação.

Efeito platô: ocorre em músculo liso e cardíaco, quando a célula despolariza e não repolariza logo em seguida, ela demora alguns milissegundos para repolarizar.

Os canais de sódio demoram um pouco para abrir o que prolonga a despolarização. E ocorre a mesma coisa com o efluxo de potássio, repolarizando rapidamente quando há a completa abertura dos canais de potássio e sódio.
Acontece por causa do período refratário, os canais de sódio ficam inativos. Nas células do miocárdio acontece um influxo de Ca++.





Sinapses


Existem sinapses químicas e sinapses elétricas.
São estruturas que fazem a transmissão de impulsos nervosos de um neurônio ao outro
.

Na sinapse química os impulsos são transmitidos através de mensageiros químicos, neurotransmissores que se ligam a um receptor, proteínas, na membrana pós-sináptica. Os impulsos são transmitidos em uma única direção, podendo ser bloqueados.
Quase todas as sinapses do Sistema Nervoso Central são químicas.


Na sinapse elétrica os impulsos são transmitidos em todos os sentidos. As correntes elétricas passam diretamente pelas junções comunicantes fazendo os impulsos mais rápidos que na sinapse química que são pelos neurotransmissores.
Ocorrem em células do músculo liso e cardíaco.


Sinapses excitatórias deixam a célula mais próxima do potencial de ação -70mV à -59 mV. Célula menos negativa, mais próxima do potencial de ação, mais próxima de ficar positiva.


Sinapses inibitórias
Neurotransmissores de inibição deixam a célula hiperpolarizada, mais negativa, dificultando a chegada no potencial de ação.
GABA ( ácido aminobutírico)


Células Nervosas


Axônio:
- Bainha de Mielina (lipídios isolantes)
- Nódulo de Ranvier

Neurotransmissores, fenda sináptica e receptores.
Liberação dos neurotransmissores: quando o potencial de ação ocorre, as vesículas com neurotransmissores se fundem a membrana plasmática que os libera na fenda sináptica, por exocitose.
São substâncias químicas produzidas pelos neurônios.






Potencial de Ação
Cardíaco


São células autoexcitáveis. Nos átrios -40mV, nos ventrículos -90mV.

Contração - Sistêmica
Período de Relaxamento - Diástole.

Uma célula pode sair do potencial de repouso, por uma diminuição da atividade da bomba de sódio e potássio, por uma falta de energia (ATP) ou por ação de drogas (substâncias químicas) que modificam a permeabilidade da membrana.



A toxina Botulínica bloqueia a liberação de acetilcolina (neurotransmissor que leva mensagens elétricas do cérebro aos músculos) impedindo a passagem dos impulsos nervosos aos músculos, interferindo na contração muscular.

A acetilcolinesterase elimina a acetilcolina dos receptores logo depois que ela já os ativou. Essencial para o desempenho muscular
. Se não haveria uma excitação exacerbada dos músculos.

Curare inibe a interação da acetilcolina com sua proteína receptora na membrana pós-sináptica.


Os anestésicos fecham os canais de sódio das membranas, não havendo um influxo de sódio não há propagação do sinal nervoso, não atingindo o potencial de ação, então as células não agem.

Química Orgânica

Funções Orgânicas


1) Álcool

R - OH

Terminação: ol

ex:
Etanol, 1-propanol, 2-propanol (isopropanol), 2,4-pentanodiol.

2) Aldeído

R - C = O
|
H

Terminação: al

ex:
propanal, propanodial.

3) Cetona

O
||
R - C - R

Terminação: ona

ex:
3-pentanona, 2,4-pentanodiona.

4) Ácido Carboxílico

R - C = O
|
OH

Terminação: oíco

ex:
Ácido propanoíco.

5) Sal de Ácido Carboxílico

R - C = O
|
O - M*

*M: Metal

Terminação:
ato

ex:
Propanato de sódio, pentanoato (ou pentanato) de disódio.


6) Éster

R - C = O
|
O - R

ex:
Propanoato de metila, Etanoato de etila.

7) Éter

R - O - R

Nome do radial mais simples + óxi + nome do outro radical
ex:
Metoxietano, Propóxi benzeno, Metoxibenzeno.

8) Amina

Amina primária:
R - NH2

Amina secundária:
R - NH - R

Amina terciária:
R - N - R
|
R

Terminação: Amina

ex:
etanoamina (ou etilamina), etil-metil-propil-amina.

9) Amida

R - C = O
|
NH2

Têm amida primária, secundária e terciária.

Terminação: Amida

ex:
Porpanoamida (ou propil-amida), etil-metil-amida.

10) Nitrilo

R - C ≡ N


Terminação: nitrilo

ex:
propanonitrilo


11) Composto de Grignard


R - Mg - X*

*X: Halogênios (F, Br, Cl, I, At)

Brometo etano de magnésio, cloreto propano de magnésio.

12) Composto halogenado

R - X*

ex:
2 - iodo - butano




Sistema Circulatório

Sistema Circulatório


* Sistema Cardiovascular
* Sistema Linfático


- Sistema Linfático:
É o sistema de circulação de fluídos do corpo.

O líquido se chama Linfa, circula dentro dos vasos linfático. Formado também pelos linfonodos que retém e combatem os micro-organismo, auxiliam os glóbulos brancos nessa função.

A linfa drena o excesso de líquido que sai do sangue e banha as células. Formado principalmente de plasma sanguíneo, proteínas e glóbulos brancos. Ele é filtrado pelos linfonodos e devolvido ao sangue.

O baço é o maior dos órgãos linfáticos.
Ele controla, armazena e destrói células sanguíneas, como hemácias senescentes. Tem leucócitos que ingerem por fagocitose material indesejado, desde bactérias, às células sanguíneas defeituosas. Ajuda o sistema imunológico pela produção de anticorpos e a proliferação de leucócitos ativados.

Timo faz substâncias que são importantes para a maturação dos linfócitos e órgãos linfoides (como baço, linfonodos).

Os dois têm função essencial na defesa do organismo durante a infância, no adulto eles têm função secundária.

Na cavidade oral e nasal encontramos as tonsilas que têm a mesma função dos linfonodos.

- Sistema Cardiovascular

Tem a função de transportar oxigênio e nutrientes para todas as partes do corpo.

Formado por:
1) Vasos sanguíneos
- Veias
- Artérias
- Capilares sanguíneos: são vasos microscópicos.


Diferença Histológica entre
Artérias e Veias



Artérias e veias são formadas por 3 camadas de tecido:
- Túnica interna:
Tecido epitelial simples pavimentoso.

- Túnica média:
Tecido muscular liso (não possui estrias, contração involuntária, fica nos órgãos internos, possui um único núcleo centralizado, fibras intermediárias).

- Túnica adventícia:
Tecido conjuntivo frouxo.

Veias tem a túnica média menor, pois tem menos quantidade de tecido muscular.

Diferenças Anatômicas entre Artérias e Veias


Artérias são mais espessas, Veias mais finas;
Artérias existem em menor quantidade;
Artérias têm a colocação avermelhada e as Veias azulada;
Artérias têm o sentido de circulação divergente (do coração para o corpo), as Veias são convergentes (do corpo para o coração);
Artérias se localizam mais profundas, Veias têm superficiais e profundas.


Conceitos de Vascularização

Vascularização é um conjunto de vasos sanguíneos que fazem a irrigação ou drenagem em uma determinada região.

Irrigação: É o conjunto de artérias que levam sangue rico em oxigênio para uma determinada para do corpo.
Drenagem: É o conjunto de veias que buscam e levam ao coração sangue rico em gás carbônico de uma determinada região.


Ramos da Artéria Aorta

Primeira ramificação da aorta é para o próprio coração, as artérias coronárias.



Arco da aorta, Aorta descendente.


1- Tronco braquiocefálico. 2- Artéria carótida comum esquerda. 3- artéria subclávia esquerda. 4- Artéria carótida comum direita. 5- Artéria subclávia direita.

Ramos da Artéria Tronco Pulmonar


Artéria tronco pulmonar, ramifica em: artéria pulmonar direita e artéria pulmonar esquerda.


2) Sangue
É um tecido conjuntivo especializado formado por células e matriz extracelular.
A matriz é formada essencialmente por água e tem o nome de plasma sanguíneo.

As células do sangue podem ser divididas em 3 grupos:
- Glóbulos vermelhos, hemácias ou eritrócitos.
Estás células apresentam uma substância chamada de hemoglobina que se liga ao oxigênio o transportando para todas as células.

- Glóbulos brancos ou leucócitos.
Realizam a defesa do corpo contra micro-organismos.

- Plaquetas.
Exercem papel essencial na coagulação do sangue.

3) Coração
É um órgão muscular oco (tem ar), funciona como uma bomba, impulsionando sangue para todos os vasos sanguíneos fazendo com que ele circule por todo o corpo.

Está localizado na caixa torácica em um espaço entre os pulmões chamado de mediastino. Está atrás do esterno e das costelas, sobre o diafragma.
Região que fica o coração é chamada de mediastino.

O coração apresenta duas regiões:
- Base (a mais larga)
- Ápice (ponta que fica voltada para a frente e para a esquerda).
Três faces (onde encosta):
- Esterno costal
- Pulmonar
- Diafragmática

Anatomia Interna do Coração

O coração é formado por 4 câmaras cardíacas.
- Átrio direito
- Átrio esquerdo
- Ventrículo esquerdo
- Ventrículo direito

A parede que separa as câmaras são chamadas de septo.
Entre os átrios têm o septo interatrial e entre os ventrículos o septo interventricular.

Com o objetivo de direcionar o sangue e impedir que ele retorne o coração apresenta 4 valvas:
- Valva atrioventricular direita ou valva tricúspide;
- Valva atrioventricular esquerda ou valva mitral;
- Valva da aorta;
- Valva tronco pulmonar

As valvas atrioventriculares são formadas por tecido recortado (tecido conjuntivo denso não-modelado) que é preso nos músculos papilares pelas cordas tendíneas.
As valvas da aorta e do tronco pulmonar são semi lunares, ou seja, apresentam formato de meia lua.

Hematose é a troca de CO2 por O2

Grande circulação ou circulação sistêmica

O sangue oxigenado (sangue arterial) sai do ventrículo esquerdo pela artéria aorta e vai para todas as células do corpo fazendo troca de O2 por CO2, fazendo hematose. Então o sangue agora rico em gás carbônico (sangue venoso) entra novamente no coração, no átrio direito, pelas veias cavas.

Pequena circulação ou circulação pulmonar


O sangue rico em gás carbônico (sangue venoso) sai do coração, do ventrículo direito pela artéria tronco pulmonar e vai em direção aos pulmões, onde faz hematose e troca CO2 por O2. Agora o sangue rico em oxigênio (sangue arterial) volta para o coração, para o átrio esquerdo pela veia pulmonar, para ser direcionado pela aorta à circulação sistêmica (para todo o corpo).

Camadas Histológicas do Coração



- Endocárdio:
Formado por tecido epitelial simples pavimentoso. Protege e reveste o coração.
Camada mais interna.

-
Miocárdio:
Formado por tecido muscular estriado cardíaco (possui estrias, contração involuntária, de um a dois núcleos centralizados e fibras curtas). Encontra-se os discos intercalares, que ajudam na contração sincronizada e vigorosa do tecido cardíaco.
Camada mais espessa e importante do coração.

- Pericárdio:
Envolve o coração protegendo contra micro-organismo e contra o atrito.

a) Pericárdio seroso: Está aderido ao coração e é constituído de tecido epitelial simples pavimentoso.

b) Pericárdio fibroso: É mais espesso pois é constituído por uma parte de tecido epitelial simples pavimentoso e de tecido conjuntivo denso não-modelado.

Entre os pericárdios encontra-se o líquido pericárdico, protege o tecido contra atrito.