segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Leishmaniose e Giardíase



Leishmaniose

Leishmania sp.

É um protozoário flagelado. Possui um ciclo heteroxênico (dois ou mais hospedeiros).

- Hospedeiro Definitivo:
Homem ou cão.

- Hospedeiro Intermediário:
Mosquito flebótomo (tem de dois a três milímetros) ou mosquito palha (uma espécie do gênero Lutzomyia).




*Espécie de Mosquito Transmissor/Vetor:

- Lutzomyia longipalpis
Artrópode, díptero (duas assas). Transmissor do calazar/Leishmania.

A transmissão ocorre pela picada da fêmea.


*Principais Agentes Etiológicos.
Classificação Taxonômica:

- Leishmania amazonensis;

- Leishmania braziliensis:

Parasitam a pele. Lesão pode virar ulceração.
Podem produzir metástases (desprendimento da lesão primária do seu local de origem disseminando células para um local distante do corpo). Por isso colonização distante do ponto de inoculação.
Lesões múltiplas ou simples pelo corpo.

- Leishmania donovani:

Podem invadir vísceras.
Leishmania visceral = Calazar.

Leishmaniose Tegumentar Americana:


Existe em 3 formas.
*Morfologia:

- Amastigotas
Ovoides ou esféricas. Um único núcleo. Possui vacúolos. Não apresentam flagelos livres. É a forma de multiplicação no ser humano.

- Promastigotas
São alongadas, possuem um flagelo livre. Granuladas com pequenos vacúolos. Um núcleo só também, centralizado.
É a forma de transmissão, encontrada na saliva do vetor e na corrente sanguínea do homem.

- Paramastigotas
Aderem ao epitélio do trato digestivo (Só ocorre no vetor essa morfologia). Possuem um flagelo, mas adquirem uma forma oval, esférica. Um único núcleo.
É a forma de multiplicação no vetor.


*Ciclo Biológico:

Pode ser ingerido pelo vetor o macrófago com amastigotas então o macrófago se rompe e libera o parasita que passa para a forma de promastigota até chegar no epitélio do tubo digestivo do vetor e se aderir a ele passando para a forma de paramastigota. Se multiplica como paramastigota e o vetor libera como promastigota pelas glândulas salivares.

Pelo lado de fora do corpo humano fica como amastigota na saliva que o vetor deixa, quando entra no ser humano, entra como promastigota. Então são ingeridos pelos macrófagos, onde se tornam amastigotas para se protegerem dos mecanismos de defesa do macrófago e se reproduzem dentro deles até ele entrar em lise pelo excesso de amastigotas. Quando o macrófago se rompe e os parasitas são liberados voltam a se tornar promastigotas até infectarem outro macrófago.


Lesões difusas na pele e não ulcerosas, podem ser causadas pela Leishmania cutanea difusa (LCD), pelo grande número de Amastigotas.

Calazar na sua origem significava febre negra. Assim era chamada a Leishmania visceral americana. Transmitida pela Luzomyia longipalpis ou cruzi. O fígado e o baço podem ter seu tamanho aumentado.

Pode ter um período de incubação sem demostrar sintomas variando de dois dias a dez anos.
Diagnóstico pode ser feito por exame de sangue.




Giardíase


É o principal parasita, no Brasil, presente em indivíduos de classe média e alta.



* Agente Etiológico:

Giardia duodenalis também conhecida como Giardia lamblia


A parte redonda (que parece dois olhos) são os núcleos, os trofozoítos apresentam dois núcleos.
A parte de baixo no formato de uma vírgula (que parece uma boca) é o corpo parabasal.
E o traço que o corta no meio é o chamado de axonema. Os outros fios saindo pelos lados são flagelos.


* Transmissão:
Ingestão do cisto (água e alimento contaminado).

O cisto é a forma de disseminação. É muito resistente e pode permanecer meses no meio externo esperando um ambiente favorável para o desencistamento.

O congelamento ou a cloração da água não o destroem. Porém a água fervida por pelo menos cinco minutos consegue a inativação desses cistos.


* Ciclo Biológico:

Ingere-se o cisto e no intestino delgado ocorre o desencistamento, o cisto perde sua membrana, transformando-se em trofozoítos que é a forma de multiplicação.
Se adere a parede do intestino (às células epiteliais) e multiplica por reprodução binária.

Pode ficar encontrado no intestino delgado e no intestino grosso.

Pode chegar a preencher toda a parede do duodeno, não permitindo absorção do alimento, inclusive de vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K), ácidos graxos, vitamina B12 e ácido fólico.
(A presença desses lipídios em grande quantidade na luz intestinal desencadeia diarreia com esteatorreia que são fezes com gordura -que não afundam na água-).
Esse quadro pode ser perigoso em crianças principalmente, por impedir a entrada de nutrientes importantes para o desenvolvimento físico e mental delas.

Alguns trofozoítos secretam uma membrana e se transformam em cistos, a eliminação deles ocorre uma vez em períodos de cerca de 7 a 10 dias, o período intermediário o número de eliminação de cistos ou é muito pequena ou inexistente.


A diminuição da acidez gástrica, normalmente por diminuir a produção de ácido clorídrico, facilita a instalação da Guiardia lamblia no duodeno.
Como também facilita a contaminação em pessoas imunodeprimidas.



* Sintomas:

- Diarreia aquosa.
- Odor fétido "ovo podre"
- Perda de peso
- Má absorção
- Dor abdominal



*Diagnóstico:

Fezes sólidas: Aparece cisto.
Fezes líquidas: Aparece trofozoíto.


* Tratamento: Com medicamentos para protozoários.



* Profilaxia:

- Fervura da água;
- Saneamento básico;
- Educação sanitária e higiene pessoal;
- Combate aos artrópodes (moscas e baratas).






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