Agudo, pois é um evento que ocorre rapidamente.
* Importância:
60% dos pacientes na U.T.I. é por dor torácica e 15% dos pacientes com dor torácica tiveram um infarto agudo do miocárdio.
* Angina Instável e Angina Pectoris:
Dor no peito, na região precordial e ocorre pelo baixo abastecimento de oxigênio ao músculo cardíaco.
Patogenia
Hipóxia que ocorre muitas vezes por isquemia (diminuição do fluxo sanguíneo).
Leva a morte celular que quando essas células morrem liberam substâncias que servem como marcadores.
Essa morte celular pela hipóxia ocorre por alteração do metabolismo energético, onde essas células musculares do coração não conseguem produzir ATP suficiente para continuarem suas funções vitais.
* A hipóxia pode ocorrer por:
Obstrução dos vasos:
- Aterosclerose
- Trombose: Formação de trombos por excesso de coagulação sanguínea.
* Fatores de Riscos para I.A.M.
- Dislipidemia: Excesso de LDL aumenta as chances de ter placas de ateroma, criar trombos, soltarem-se e obstruir artérias coronarianas.
Diminuição de HDL: Fazem o transporte reverso de colesterol, tirando-os dos tecidos e levando ao fígado.
- H.A.S.: Aumento da pressão arterial, aumenta a obstrução dos vasos, passando menos sangue.
Excesso de glicose aumenta a pressão arterial e favorece os fatores de risco.
- Tabagismo: A nicotina aumenta os níveis de LDL, por aumentar os níveis de colesterol.
- Histórico familiar.
- Idade: Maior que 45 anos.
- Relação cintura/quadril (grande quantidade de tecido adiposo, indica alta quantidade de lipídeos)
- Obesidade
- Sedentarismo.
* Sinais e Sintomas:
- Dor precordial: dor que começa no peito e se espalha para as costas, ou para os braços, principalmente esquerdo, podendo ir até as pontas dos dedos.
Ou começa no peito e se espalha para o pescoço, queijo, pode provocar náuseas, vômitos e tonturas.
- Aumento dos marcadores cardíacos: principalmente enzimas presentes nas células do coração que são liberadas quando ocorre lesão nessas células.
- Supradesnivelamento do segmento ST do eletrocardiograma.
O complexo QRS do eletrocardiograma mostra o evento elétrico relacionado a despolarização do ventrículo, então ele contrai e abre-se os canais de potássio para as células cardíacas repolarizarem pela saída de potássio voltando a ficar com o interior negativo.
Mas por excesso de potássio que ocorre: quando há lesão celular ou por outros motivos, essa repolarização fica defeituosa e o intervalo ST e a onda T são captadas no E.C.G. de maneira anormal.
Marcadores Cardíacos
* AST (Aspartato transaminase) ou TGO (transaminase glutâmica oxalacética):
Não é cárdioespecífica, pois está presente em células de diversos tecidos como:
- Fígado;
- Coração;
- Músculo estriado esquelético;
- E Hemácias.
A AST (TGO) é indicador de lesão crônica, sendo liberada em casos de lesão constante desses tecidos (como uma inflamação), estará sempre aumentada.
Diferente da ALT (TGP) que é liberada em caso de uma lesão e depois seu nível diminui e mesmo que a lesão continue acontecendo, os níveis dessa enzima não voltam a ficar aumentados.
Deve ser associada AST (TGO) com a ALT (TGP), diferenciando assim lesão hepática, pois a ALT (TGP) é um marcador de lesão hepática específico, sendo encontrada com abundância nos hepatócitos.
- Detecção da AST aumentada no sangue já pode ser feita dentro de 6 a 8 horas depois que o coração sofreu o infarto.
- O pico de AST será entre 18 e 24 horas depois que a lesão nessas células do coração ocorreu.
- Os níveis de AST normalizam após 72 horas do infarto (infarto é definido como lesão tecidual irreversível causada por hipóxia e falta de nutrientes).
* Mioglobina
Marcador não específico do miocárdio.
A mioglobina é uma reserva de oxigênio que fica nos músculos, seus níveis então aumentam no sangue em casos de lesão muscular.
Tem alta sensibilidade, pois pode ser detectado o aumento dela de 1 a 3 horas depois de ocorrido o infarto.
Seu pico é entre 4 e 12 horas e normaliza em até 24 horas.
Então pode ser feita uma detecção rápida se houve alguma lesão.
* Creatino Quinase (CK)
Enzima encontrada em musculatura esquelética e do coração, como também em células de diversos outros tecidos.
É uma enzima que fosforila a creatina, com a passagem de um grupo fosfato de um ATP.
Possui subclasses, pois é formada por um dímero, a junção de dois monômeros (o B e o M), que dependendo de como ocorre gera uma enzima diferente.
Tipo de enzimas CK:
- CK1: CKBB (é a isozima presente no cérebro).
- CK2: CKMB (presente em maior concentração no miocárdio).
- CK3: CKMM (presente no músculo esquelético)
Os níveis aumentados dessas enzimas podem ser detectados no sangue dentro de 4 a 8 horas depois que ocorreu a lesão.
Tem o pico entre 12 e 24 horas e normalização dentro de 3 a 4 dias
Níveis aumentados da creatinoquinase tem relação com o re-infarto, coração já infartado que teve mais outra lesão.
* CKMB
Esse exame mede a quantidade da isozima CKMB que é a que existe em maior quantidade no coração, sendo um marcador específico de lesão cardíaca.
Pode ser identificado aumentado em 3 a 4 horas depois que o infarto ocorreu.
Seu pico é dentro de 24 horas e normaliza em 2 a 4 dias.
- Troponina
É um complexo de três proteínas que participam da contração muscular, com a actina e miosina, menos nos músculos lisos.
- Existem 3 tipos de troponinas:
Troponina C;
Troponina T;
Troponina I.
* Troponina I:
- 100% específica do miocárdio.
A sensibilidade é menor do que a mioglobina sendo detectável entre 4 a 6 horas depois do infarto.
O pico de troponina no plasma é por volta de 12 horas depois da lesão e normaliza em 7 a 16 dias.
* Troponina T:
Para um diagnóstico mais precoce que a troponina I, sendo como a mioglobina de alta sensibilidade, porém ainda assim é mais baixa do que a mioglobina que é detectável 1 horas depois.
A troponina T pode ser detectada entre 2 a 4 horas do infarto, indicando que houve lesão, porém não é específica do coração (para caso de suspeita).
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