terça-feira, 28 de agosto de 2012

Microrganismos

* Esterilização é a ação de eliminação de todos os microrganismos, incluindo as formas mais resistentes, como esporos.

* Desinfecção
é o processo que destrói ou remove a maioria dos microrganismos no local.


Para a desinfecção os produtos químicos mais utilizados são compostos a base de fenóis, normalmente com concentração por volta de 5%.
Hipocloritos (popularmente chamados de água sanitária) em concentração de 2% (não tem grande ação contra micobactérias).
Formaldeídos (solução aquosa 10% e solução alcoólica 8%).
Glutaraldeido em concentração de 2%. 


Antissépticos
são produtos químicos que desinfectam a pele.
Normalmente eliminam formas vegetativas dos microrganismos, reduzindo principalmente a microbiota patogênica e inibindo sua multiplicação, mas não destrói esporos (por ser desinfetante e não esterilizante).


* Pasteurização
é um processo de desinfecção, mas é uma desinfecção suave por meio de aquecimento de um produto que estava em baixas temperaturas.



Gravidade dos Riscos que o Microrganismo Oferece



Dependendo do tipo do microrganismo ele é considerado de um grau de periculosidade.

- Grupo I:
É formado por microrganismos que até o momento não causam doenças no homem, além de representarem baixo risco de contaminação do ambiente, como:

Lactobacillus, Lactococcus, Saccharomyces, E. colli, entre outros.


- Grupo II:
É formado por microrganismos que podem causar doenças no homem, mas a exposição laboratorial dificilmente levaria ao profissional à se contaminar.
Mas mesmo se ele se contaminasse com esse microrganismo, eles causam doenças que existem medidas profiláticas (meios para evitar a doença e sua propagação para os demais) e terapêuticas eficientes. Exemplos:

Staphylococcus, Streptococcus, Neisseria, Listeria, entre outros.


- Grupos III:
É formado por microrganismos que podem causar doenças no homem e mesmo que só na manipulação laboratorial eles apresentam risco elevado de infectar os laboratorialistas.
Sendo assim podem apresentar riscos de serem disseminados para a população, porém existem medidas profiláticas e terapêuticas eficientes em seu combate. Exemplos:

Mycobacterium tuberculosis, Coxiella burnetti, Trypanosoma cruzi, HIV, vírus da hepatite B e C, entre outros.


- Grupo IV:
Formado por microrganismos que causam doenças no homem e apresentam alto risco de contaminação para os laboratorialistas.
Eles se propagam facilmente e causam doenças que não existem medidas profiláticas ou terapêuticas eficientes. Exemplos:

Vírus da febre hemorrágica, da febre de Lassa, Machupo, Ebola.




Bico de Bunsen


Possui uma chama que é acesa pela ação do gás butano (inflamável), ao redor dessa chama se forma três zonas.

As duas mais internas são mais frias onde predomina principalmente gás que saiu do bico e não entrou em combustão.
A terceira é mais quente e forma uma zona oxidante ao redor da chama.


Autoclave



Materiais sólidos termorresistentes e resíduos sólidos podem ser esterilizados através da autoclavação.
Para uma maior garantia da biossegurança é importante esterilizar todos os resíduos de um laboratório de microbiologia por exemplo, antes de mandá-los para a incineração.


A autoclave é um aparelho normalmente um cilindro metálico com tampa fechada hermeticamente, onde se aquece materiais com um calor úmido (há presença de água) sobre pressão.

Na parte inferior coloca-se água que é aquecida se transformando em vapor.
É importante levar em consideração que nesse início terá portanto ar no interior da autoclave além do vapor d'água, por isso existe uma válvula que permite a saída do ar.
Diminuindo assim a pressão interna, facilitando a formação do vapor, que satura o ambiente interno do cilindro.

A autoclave pode alcançar temperaturas entre 121 - 134 graus Celsius dependendo do material a ser esterilizado.




Sabe-se que o calor úmido é muito mais eficiente no processo de destruição de microrganismos do que o calor seco.

O calor úmido pode ser obtido além da autoclave, por um processo bem mais simples, como o aquecimento da água até ela ficar fervente.

Essa ação esterilizante do calor úmido se dá pela termocoagulação das proteínas e sua desnaturalização (que o calor seco também faz), porém com a ajuda da água que influencia em como irá ocorrer essa destruição das proteínas da membrana e enzimas, pois a água provoca ligações de hidrogênio destruindo as naturais já existentes.

A formação de ligações de hidrogênio entre a água existente no meio com as proteínas dos microrganismos agiliza o processo de desnaturação de proteínas (facilita a quebras das cápsulas), tornando a esterilização por calor úmido mais eficaz e com tempo de exposição menor.


* Um bom exemplo desse melhor desempenho na esterilização é o esporo de Bacillus anthracis que no calor seco é eliminado a 140 graus Celsius, tendo que permanecer nessa temperatura por mais de 180 minutos.
no calor úmido, na autoclave, esse esporo é eliminado a 121 graus Celsius, durante somente 15 minutos de exposição.


A principal diferença da fervura da água simplesmente é o meio que autoclave proporciona sem ar, somente vapor d'água saturando o local (presente por todo ele).

Por isso a fervura da água não a esteriliza. 
Somente mata a maioria das formas vegetativas se for feita durante 10 a 20 minutos, mas não necessariamente os esporos.

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