Exercício físico, hipertensão e controle barorreflexo da pressão arterial
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Fisiologia Cardiovascular
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Esse artigo pode ser encontrado para download pdf em:
http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/8-1/010.pdf
Esse é um artigo de revisão que tem como objetivo mostrar os efeitos do exercício físico na regulação da pressão arterial explicando os mecanismos com que ele faz isso.
O autor divide exercício em agudo e crônico.
Exercício físico agudo seria a atividade física uma única vez em um dia sem o costume de prática diária.
O autor mostra com bases em outros artigos que mesmo esse tipo de atividade já garante um efeito benéfico à regulação da pressão arterial.
Foi percebido que no tempo pós-exercício, tanto em pessoas quanto em ratos, a pressão arterial permanecia reduzida por um tempo, chegando a ter efeito na pressão arterial em um tempo de até 24 horas após essa atividade.
O que influencia o tempo em que a pressão permanecerá menor será o tempo que se passou praticando a atividade e não a intensidade da mesma.
Esse efeito de redução da pressão pós-exercício é muito mais evidenciado em pacientes hipertensos, onde a redução ocorre com maior expressão, podendo até mesmo regular a pressão arterial de volta aos valores normais.
Porém ocorre uma pequena redução da PA (pressão arterial) em pacientes normotensos também.
Então com o objetivo de explicar como ocorre essa regulação da pressão no período pós-exercício, porque ela se reduz e permanece reduzida por um certo período, foram feitas avaliações hemodinâmicas com o intuito de verificar se há diferença no débito cardíaco desses ratos treinados no período pós-exercício.
Para a medição do débito é colocado uma sonda na artéria Aorta, como ilustrada na figura.
Sensibilidade barorreflexa link:
Fisiologia Cardiovascular - Distensibilidade e Complacência
Posted on domingo, 27 de outubro de 2013
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Fisiologia Cardiovascular
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Distensibilidade
Os vasos mais distensíveis do sistema são as veias.
Por isso servem como um grande armazenamento de sangue extra que pode ser usado quando necessário.
Os vasos distendem com o aumento da pressão.
A distendibilidade de um vaso é calculada pela fração de volume que aumenta no vaso para cada aumento da pressão, sendo a fórmula:
Distensibilidade vascular = aumento do volume/ aumento da pressão X volume original
Ou seja, se 1 mmHg fizer um vaso que antes podia conter 10 mililitros de sangue, passar a ter 11 mililitros de sangue, portanto o aumento é 1 mililitro. A distensibilidade será 0,1 por cada mmHg ou 10%.
* Distensibilidade das artérias: Como a parede muscular das artérias é mais grossa, faz delas mais fortes e menos distensíveis.
Isso quer dizer que um aumento da pressão geralmente provoca aumento cerca de 8 vezes mais do volume de sangue dentro das veias em comparação ao aumento dele nas artérias.
Complacência Vascular
Complacência vascular = Capacitância vascular
(capacidade de suportar quantidades de sangue)
Complacência vascular é a quantidade de sangue total que pode ser armazenado por uma determinada região da circulação para cada milímetro de mercúrio.
*Fórmulas:
Complacência vascular = Aumento do volume/ Aumento da pressão.
Ou seja, uma maior complacência vascular, significa que pode-se passar um maior volume de sangue em determinado circuito ou vaso, porque a pressão exercida sobre o sangue naquele local está baixa.
* Outra fórmula para calcular complacência vascular:
Complacência vascular = Distensibilidade X volume
Ou seja, uma veia é cerca de 24 vezes mais complacente que uma artéria, porque sua distensibilidade é 8 vezes maior e ela pode suportar um volume bem maior, no caso 3 vezes mais volume, 8 x 3 = 24.
Relação entre Volume e Pressão
Percebe-se que o aumento da pressão sanguínea faz os vasos distenderem (aumento do diâmetro desse vaso) aumentando assim a complacência vascular (o volume de sangue dentro desse vaso).
Isso ocorre com o intuito do aumento da pressão não ser tão brusco (tentando reduzi-lo) e como um mecanismo para que esse vaso não rompa.
Porém o aumento da pressão em relação ao volume têm uma grande variação dependendo do tipo de vaso que ocorre.
* Aumento da pressão em artérias:
O aumento do volume de sangue, mesmo que pequeno, nas artérias faz com que a pressão aumente acentuadamente.
Isso ocorre devido a baixa capacidade de se distender da musculatura lisa que compõe as artérias.
- OBS:
Levando em consideração a fórmula de distensibilidade:
Distensibilidade vascular = aumento do volume/ aumento da pressão X volume original
Se você aumentar o volume em um vaso, para se manter a pressão próxima ao que estava antes, esse vaso terá que ter uma alta distensibilidade.
*Aumento da pressão em veias:
Já o contrário ocorre com as veias.
O aumento do volume pode ocorrer em grandes quantidades até que se haja uma modificação significativa na pressão sanguínea nesses vasos.
Isso ocorre devido a alta distensibilidade das veias, ou seja, devido ao fácil aumento de seus diâmetros.
Então o aumento da pressão, devido a um aumento do volume de sangue, força a esses vasos se distenderem, isso se chama complacência tardia (ocorre dentro de minutos ou horas após o aumento de volume e pressão no vaso, as fibras se relaxam e o diâmetro do vaso aumenta).
Por exemplo, uma veia (com suas duas extremidades fechadas) com a pressão sanguínea de 5 mmHg pode ter essa pressão aumentada até 12 mmHg com a injeção de mais sangue, porém alguns minutos depois sua pressão cai em torno de 9 mmHg.
A complacência do vaso aumenta não permitindo um real grande aumento dessa pressão.
Essa relação pode ser vista mais claramente através do gráfico:
Figura retirada do Guyton - Tratado de Fisiologia médica 11a ed.
Através dessa figura observamos que a 100 mmHg que é a pressão arterial média de um adulto, o volume é cerca de 700 mililitros de sangue dividido por todo o sistema arterial, que inclui grandes artérias, pequenas artérias e arteríolas.
Como visto anteriormente o maior volume sanguíneo está presente nas veias (sistema venoso).
E para ele como se pode ver, é necessário uma elevação do volume para muitas centenas de mililitros para aumentar a pressão venosa cerca de 3 a 5 mmHg.
Isso explica por exemplo o fato que se sabe que uma pessoa saudável pode receber até meio litro de sangue a mais, sem haver alterações na circulação.
* O estimulo da atividade simpática faz com que haja uma contração das paredes dos vasos (aumento do tônus muscular), isso resulta em um grande volume de sangue sendo enviado ao coração, o que é um dos mecanismos mais utilizados pelo organismo para aumentar o bombeamento cardíaco.
Durante hemorragias por exemplo, devido ao controle simpático, a capacitância vascular é diminuída, podendo a função circulatória se manter quase normal, mesmo com 25% de sangue total a menos.
A arteriosclerose, doença comum da velhice, faz com que os vasos sejam relativamente não-complacentes, o que faz a pressão arterial por exemplo durante a sístole aumentar.
Classificações dos Seres Vivos
Posted on sábado, 26 de outubro de 2013
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Microbiologia
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Classificações de Seres Vivos
Microscópicos
Microscópicos
São seres unicelulares e procariontes (sem envoltório ao redor do seu material genético, separando-o do citoplasma).
Seres que surgiram evolutivamente antes da criação de núcleos em células. Procarionte vem do grego e significa pré-núcleo.
O envoltório ao redor do material genético é chamado de carioteca e esses seres não o possuem.
Ao redor da membrana de suas células, assim como a maioria dos microrganismos, as bactérias possuem uma parede celular.
A parede celular é a forma com que as células encontram de se protegerem de lise osmótica ou da perda de água, podendo então viver em meios desfavoráveis como hipotônicos ou hipertônicos em comparação ao seu interior.
- Parede Celular: A parede celular das bactérias é formada por um complexo de proteína e carboidratos, por isso é chamada de parede de peptidoglicano.
A Parede Celular nas bactérias Gram-positivas é muito mais espessa do que as Gram-negativas. Porém as Gram-negativas possuem ainda uma membrana externa.
Esquema de Gram-negativa:
Esquema químico da parede celular em Gram-negativas:
Os carboidratos são somente dois:
- O ácido N-acetilmurâmico:
- N-acetilglicosamina:
Eles ligam-se alternadamente formando entre si uma ligação glicosídica beta-1, 4.
Possuem um resíduo de ácido lático ligado ao nitrogênio de suas moléculas.
Enquanto o ácido N-acetilmurâmico, possui uma cadeia de aminoácidos ligados a ele, esse peptídeo tem uma terminação com uma ligação de uma D-alanina em outra D-alanina.
Essa ligação entre essas D-alaninas é uma parte importante da estrutura dos peptidoglicanos porque ela é necessária para ocorrer a reação de transpeptidação.
Onde enzimas da bactéria rompem a ligação entre essas D-alaninas terminais, para que cadeias de peptidoglicano adjacentes possam se ligar entre si, conferindo assim rigidez à camada (à parede celular).
#Ao redor da parede celular das bactérias pode haver uma cápsula formada principalmente por glicoproteínas.#
* Archaea
Também chamadas de arquibactérias, se diferem das bactérias pela composição da sua parede celular.
Têm estrutura parecida com a das bactérias Gram-positivas.
São encontradas em ambientes extremos, como muito salinos ou quentes.
Não é conhecido doenças causadas por essas bactérias em humanos.
- Parede Celular: Composta por uma substância parecida com o peptidoglicano, com ligeiras diferenças por exemplo na ligação entre os carboidratos. Sendo assim essa parede celular é chamada de pseudopeptidoglicana.
* Protozoários:
São seres unicelulares também, porém eucariontes.
Se movimentam por pseudópodes (como as amebas), cílios (mais curtos) e flagelos.
- A grande maioria não possui Parede Celular. Com exceção das formas císticas que possuem parede cística.
Para evitar lise osmótica eles têm o vacúolo contrátil onde retira água em excesso de dentro da célula e a manda para fora.
* Algas:
Existem algas unicelulares e multicelulares, sendo todas elas eucariontes.
Todas as algas fazem fotossíntese e como as plantas, possuem ao redor de sua membrana celular, uma parede celular composta por celulose.
- Parede Celular: É formada por um polímero de glicose.
Beta-D-Glicose:
Celulose (polímero):
* Fungos:
São divididos em dois grupos:
- Fungos unicelulares (chamados de leveduras, são células maiores que bactérias).
- Fungos multicelulares (exemplo: cogumelos).
Sendo os dois grupos eucariontes.
- Parede Celular: Possuem parede celular composta por quitina.
A quitina tem como componente a molécula N-acetilglicosamina (um dos componentes da cadeia de peptidoglicano das bactérias)(derivado da glicose tendo no carbono 2 no local do OH, passa a ter um acetoamina), ligada uma a outra diversas vezes, formando um polímero.
Fórmula da Quitina (polímero):
* Vírus:
São formados somente por um "núcleo".
Possuem material genético, ou DNA ou RNA, circundado por um envoltório proteico que é denominado capsídeo.
Alguns ainda possuem ao redor, mais externamente uma membrana lipídica (formada geralmente por fosfolipídios e glicoproteínas) chamada de envelope ou cápsula.
Fisiologia Cardiovascular - Circulação
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Fisiologia Cardiovascular
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Os tecidos necessitam de nutrientes, dependendo da suas necessidades irá se determinar a intensidade do fluxo sanguíneo que passará por esse tecido.
Essa intensidade do fluxo sanguíneo será garantida pela regulação do débito cardíaco e pressão arterial.
- Artérias: As artérias fazem o sangue chegar para os tecidos, por isso o sangue dentro delas fica sobre alta pressão, para que possa se mover em alta velocidade e alcançar tecidos em partes mais distantes.
- Arteríolas: As arteríolas fazem o controle do sangue que irá chegar aos capilares e então ter seus nutrientes absorvidos pelo tecido, pois as células da parede muscular das arteríolas têm a capacidade de se contrair e relaxar.
Podendo inclusive se contrair a tal ponto de ocluir a passagem sanguínea, como também relaxar a ponto de multiplicar seu diâmetro.
Tendo assim grande função no mecanismo que regula a quantidade de sangue que chega aos tecidos, dependendo somente da necessidade local.
- Capilares: Possuem poros que permitem a passagem de água e outras pequenas moléculas.
- Vênulas e veias: Coletam os sangues assim que passam dos capilares. Possuem paredes finas, mas musculares, com capacidade de se relaxarem se necessário, guardando sangue ou expulsando mais sangue ao se contraírem.
Possuem pressão sanguínea muito baixa. Precisa-se haver essa diferença de pressão já que é para as veias onde o sangue flui e esse gradiente de pressão ajuda com que esse processo ocorra.
A função como reservatório de sangue que as veias exercem fica clara quando levamos em conta que 64% do sangue total da circulação sistêmica, está contido nas veias.
Isso quer dizer que o sangue passa rápido pelo sistema vascular arterial e permanece muito mais tempo nas veias.
Se mais sangue passar a chegar ao coração, automaticamente o coração se adapta a ter que bombear mais, aumentando a velocidade de batimentos, mesmo sem influencia de sinais nervosos.
Quando os tecidos estão exercendo sua atividade fisiológica normal eles podem vir a necessitar um alto suprimento de nutrientes, onde requerer de 20 até 30 vezes o fluxo sanguíneo normal de repouso.
O coração por sua vez, mesmo aumentando os batimentos, não conseguiria aumentar seu débito mais do que quatro a setes vezes acima dos valores em repouso e também seria inviável aumentar o fluxo sanguíneo em todas as partes do corpo, sendo que somente um tecido em específico necessita de mais sangue.
Nesse caso a regulação é feita diretamente pelos vasos sanguíneos locais, então em caso de excesso de metabólitos e/ou falta de nutrientes, as arteríolas se dilatam aumentando o fluxo sanguíneo local.
Quando há uma queda da pressão aórtica média, que em uma situação normal é 100 mmHg, para abaixo desse valor, a regulação da pressão ocorre por um mecanismo sistêmico.
Ou seja, é independente da regulação do fluxo sanguíneo por mecanismos locais.
A queda da pressão sanguínea arterial para menos de 100 mmHg, implica em sangue insuficiente atingindo partes mais distantes do corpo, de uma maneira generalizada.
Portanto o mecanismo para normalização dessa situação ocorre antes mesmo de que possa haver uma falta de nutrientes pelo tecido (sentir necessidade de um maior fluxo sanguíneo) e haver dilatação local para aumentar o sangue que alcança esse tecido.
Nesse caso então a pressão é regulada para normalizar o todo e não um tecido em específico.
Por isso a resposta a queda da pressão é ativada por sinais nervosos (pressorreceptores também conhecidos como barorreceptores, enviam impulso a uma região do bulbo informando variação da pressão, tanto queda, quanto aumento) que levarão a:
- Um aumento da força de bombeamento cardíaco (consequentemente aumento do débito cardíaco).
- Constrição dos grandes reservatórios venosos, aumentando o sangue que voltará para o coração (consequentemente aumento do débito cardíaco).
Essa intensidade do fluxo sanguíneo será garantida pela regulação do débito cardíaco e pressão arterial.
- Artérias: As artérias fazem o sangue chegar para os tecidos, por isso o sangue dentro delas fica sobre alta pressão, para que possa se mover em alta velocidade e alcançar tecidos em partes mais distantes.
- Arteríolas: As arteríolas fazem o controle do sangue que irá chegar aos capilares e então ter seus nutrientes absorvidos pelo tecido, pois as células da parede muscular das arteríolas têm a capacidade de se contrair e relaxar.
Podendo inclusive se contrair a tal ponto de ocluir a passagem sanguínea, como também relaxar a ponto de multiplicar seu diâmetro.
Tendo assim grande função no mecanismo que regula a quantidade de sangue que chega aos tecidos, dependendo somente da necessidade local.
- Capilares: Possuem poros que permitem a passagem de água e outras pequenas moléculas.
- Vênulas e veias: Coletam os sangues assim que passam dos capilares. Possuem paredes finas, mas musculares, com capacidade de se relaxarem se necessário, guardando sangue ou expulsando mais sangue ao se contraírem.
Possuem pressão sanguínea muito baixa. Precisa-se haver essa diferença de pressão já que é para as veias onde o sangue flui e esse gradiente de pressão ajuda com que esse processo ocorra.
A função como reservatório de sangue que as veias exercem fica clara quando levamos em conta que 64% do sangue total da circulação sistêmica, está contido nas veias.
Isso quer dizer que o sangue passa rápido pelo sistema vascular arterial e permanece muito mais tempo nas veias.
Se mais sangue passar a chegar ao coração, automaticamente o coração se adapta a ter que bombear mais, aumentando a velocidade de batimentos, mesmo sem influencia de sinais nervosos.
Tecidos em Atividade
Quando os tecidos estão exercendo sua atividade fisiológica normal eles podem vir a necessitar um alto suprimento de nutrientes, onde requerer de 20 até 30 vezes o fluxo sanguíneo normal de repouso.
O coração por sua vez, mesmo aumentando os batimentos, não conseguiria aumentar seu débito mais do que quatro a setes vezes acima dos valores em repouso e também seria inviável aumentar o fluxo sanguíneo em todas as partes do corpo, sendo que somente um tecido em específico necessita de mais sangue.
Nesse caso a regulação é feita diretamente pelos vasos sanguíneos locais, então em caso de excesso de metabólitos e/ou falta de nutrientes, as arteríolas se dilatam aumentando o fluxo sanguíneo local.
Baixa da Pressão
Quando há uma queda da pressão aórtica média, que em uma situação normal é 100 mmHg, para abaixo desse valor, a regulação da pressão ocorre por um mecanismo sistêmico.
Ou seja, é independente da regulação do fluxo sanguíneo por mecanismos locais.
A queda da pressão sanguínea arterial para menos de 100 mmHg, implica em sangue insuficiente atingindo partes mais distantes do corpo, de uma maneira generalizada.
Portanto o mecanismo para normalização dessa situação ocorre antes mesmo de que possa haver uma falta de nutrientes pelo tecido (sentir necessidade de um maior fluxo sanguíneo) e haver dilatação local para aumentar o sangue que alcança esse tecido.
Nesse caso então a pressão é regulada para normalizar o todo e não um tecido em específico.
Por isso a resposta a queda da pressão é ativada por sinais nervosos (pressorreceptores também conhecidos como barorreceptores, enviam impulso a uma região do bulbo informando variação da pressão, tanto queda, quanto aumento) que levarão a:
- Um aumento da força de bombeamento cardíaco (consequentemente aumento do débito cardíaco).
- Constrição dos grandes reservatórios venosos, aumentando o sangue que voltará para o coração (consequentemente aumento do débito cardíaco).
- Constrição generalizada das arteríolas: Assim a maior quantidade de sangue se acumula nas artérias, aumentando a pressão (possibilitar a manutenção da pressão garante que o sangue continue alcançando todas as áreas do corpo).
Os sinais nervosos também agem sobre o rim, fazendo com que ele (caso de queda da pressão) não elimine tanta água, garantindo o volume sanguíneo e também o estimulando a secretar hormônios que agirão ativando esses mecanismos de regulação da pressão descritos acima.
Considerando dois vasos com diferenças de pressão inicial e final iguais (por exemplo: pressão inicial de 100 mmHg e pressão final zero), com somente diâmetros diferentes, percebe-se que o aumento do diâmetro faz com que a capacidade de conduzir sangue por esse vaso aumente.
A explicação a esse fato é que nos vasos de diâmetro maior, a camada de sangue central quase não sofre resistência das paredes do vaso, fluindo mais rapidamente e as camadas mais próximas terão velocidades um pouco menores progressivamente até chegar as camadas que tocam a parede do endotélio, que serão as que vão sofrer maior resistência e fluirão mais lentamente.
Já nos vasos sanguíneos de diâmetro pequeno, a camada central mal existe, sendo que todo o fluxo tem que enfrentar a sua aderência a parede do endotélio, fluindo mais lentamente.
Sabe-se que as arteríolas podem aumentar seu diâmetro até quatro vezes. Sendo assim, com 4x o seu diâmetro incial, seu fluxo sanguíneo, ou seja, mililitros de sangue que passarão por ela por minuto, aumentará 256 vezes do fluxo que passava no primeiro diâmetro.
Esse cálculo do aumento do fluxo devido ao diâmetro é feito pela lei de Poiseuille, onde leva-se em consideração inclusive a viscosidade do sangue.
Já no meio fisiológico o máximo registrado foi variações do fluxo sanguíneo para cerca de 100 vezes do normal (ou por relaxamento, mas também por constrição).
* Em série: As artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias estão postas em série.
Quando calculamos a resistência ao fluxo sanguíneo em vasos dispostos em série, consideramos que o fluxo que passará por ele será o mesmo, portanto a resistência total, será a soma das resistências apresentadas por cada vaso.
A resistência vascular periférica total é a soma de todas as resistências das artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias.
* Em paralelo: Quando os vasos sanguíneos se ramificam, permite que leve-se sangue para tecidos independentes dos outros.
Para vasos sanguíneos postos em paralelo, a resistência de um único vaso vai depender do gradiente de pressão entre o início e o final dele, porém para o circuito em paralelo inteiro, a resistência total será muito menor do que as individuais.
Claro que o aumento da resistência em um único vaso, causa um aumento na resistência total.
Mas a adição de um vaso sanguíneo ao circuito causa na verdade uma redução na resistência vascular total, pois ele facilita a passagem do fluxo sanguíneo por aquele local, ou seja, aumenta a capacidade de conduzir o fluxo sanguíneo daquele circuito, reduzindo a resistência do circuito em paralelo, como consequentemente a resistência vascular periférica total.
Sendo assim, a amputação de membros ou a retirada de órgãos, leva consigo "um circuito em paralelo", diminuindo a capacidade de conduzir o sangue total desse corpo.
Então esse sangue permanecerá em maior quantidade nos vasos restantes exercendo maior pressão contra suas paredes e aumentando a resistência vascular periférica total.
# O fluxo sanguíneo total de um adulto em repouso é 5 L/min, é medido pela quantidade de sangue que passa pela aorta. Sendo assim também pode ser referido como o débito cardíaco arterial, já que é a quantidade de sangue bombeado pelo coração para a aorta (ventrículo esquerdo) por minuto. #
O débito cardíaco é a quantidade de sangue bombeada por ambos os ventrículos, portanto esse acima seria somente o débito cardíaco arterial.
O aumento da pressão pode causar tanto um grande aumento do fluxo, como também pode provocar uma diminuição a ponto do fluxo sanguíneo reduzir-se a zero.
O que irá determinar isso será o motivo pelo qual a pressão aumentou.
* Elevação da Pressão Arterial por Aumento do Volume Sanguíneo:
Há maior pressão no vaso por causa de mais sangue sendo bombeado do coração por minuto - Aumento do Débito Cardíaco.
Nesse caso o aumento da pressão vascular, não aumentará somente a força que o sangue terá que ser impulsionado pelo vaso (devido a um gradiente de pressão menor), mas também que esse aumento da pressão causará uma distensão nos vasos, reduzindo a resistência vascular e aumentando o diâmetro.
Possibilitando a passagem de muito mais sangue por uma determinada quantidade de tempo, ou seja, aumentará o fluxo sanguíneo por dois mecanismos.
Então em um vaso com pressão arterial de 100 mmHg, terá o fluxo de 4 a 6 vezes mais elevado do que o fluxo de um vaso a 50 mmHg, e não somente duas vezes mais elevado, como seria de se esperar.
* Elevação da Pressão por Aumento da Resistência:
Quando há inibição da atividade simpática por exemplo; a atividade parassimpática se sobressai, perdendo o tônus muscular causado pelo simpático e causando grandes dilatações nos vasos periféricos (arteríolas), assim a pressão arterial irá diminuir, porém isso aumenta o fluxo sanguíneo como sabemos que ocorre pelo aumento do diâmetro.
Já no caso de estimulação simpática, há contração das arteríolas e isso aumenta a pressão arterial.
Porém mesmo com a pressão arterial alta, o fluxo sanguíneo fica muito reduzido que pode até mesmo chegar a zero por alguns segundos.
Diâmetro pequeno = fluxo sanguíneo baixo.
Os sinais nervosos também agem sobre o rim, fazendo com que ele (caso de queda da pressão) não elimine tanta água, garantindo o volume sanguíneo e também o estimulando a secretar hormônios que agirão ativando esses mecanismos de regulação da pressão descritos acima.
Velocidade do Fluxo Sanguíneo em Relação ao Diâmetro
Considerando dois vasos com diferenças de pressão inicial e final iguais (por exemplo: pressão inicial de 100 mmHg e pressão final zero), com somente diâmetros diferentes, percebe-se que o aumento do diâmetro faz com que a capacidade de conduzir sangue por esse vaso aumente.
A explicação a esse fato é que nos vasos de diâmetro maior, a camada de sangue central quase não sofre resistência das paredes do vaso, fluindo mais rapidamente e as camadas mais próximas terão velocidades um pouco menores progressivamente até chegar as camadas que tocam a parede do endotélio, que serão as que vão sofrer maior resistência e fluirão mais lentamente.
Já nos vasos sanguíneos de diâmetro pequeno, a camada central mal existe, sendo que todo o fluxo tem que enfrentar a sua aderência a parede do endotélio, fluindo mais lentamente.
Sabe-se que as arteríolas podem aumentar seu diâmetro até quatro vezes. Sendo assim, com 4x o seu diâmetro incial, seu fluxo sanguíneo, ou seja, mililitros de sangue que passarão por ela por minuto, aumentará 256 vezes do fluxo que passava no primeiro diâmetro.
Esse cálculo do aumento do fluxo devido ao diâmetro é feito pela lei de Poiseuille, onde leva-se em consideração inclusive a viscosidade do sangue.
Já no meio fisiológico o máximo registrado foi variações do fluxo sanguíneo para cerca de 100 vezes do normal (ou por relaxamento, mas também por constrição).
Circuitos Vasculares em Série e Paralelo
* Em série: As artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias estão postas em série.
Quando calculamos a resistência ao fluxo sanguíneo em vasos dispostos em série, consideramos que o fluxo que passará por ele será o mesmo, portanto a resistência total, será a soma das resistências apresentadas por cada vaso.
A resistência vascular periférica total é a soma de todas as resistências das artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias.
* Em paralelo: Quando os vasos sanguíneos se ramificam, permite que leve-se sangue para tecidos independentes dos outros.
Para vasos sanguíneos postos em paralelo, a resistência de um único vaso vai depender do gradiente de pressão entre o início e o final dele, porém para o circuito em paralelo inteiro, a resistência total será muito menor do que as individuais.
Claro que o aumento da resistência em um único vaso, causa um aumento na resistência total.
Mas a adição de um vaso sanguíneo ao circuito causa na verdade uma redução na resistência vascular total, pois ele facilita a passagem do fluxo sanguíneo por aquele local, ou seja, aumenta a capacidade de conduzir o fluxo sanguíneo daquele circuito, reduzindo a resistência do circuito em paralelo, como consequentemente a resistência vascular periférica total.
Sendo assim, a amputação de membros ou a retirada de órgãos, leva consigo "um circuito em paralelo", diminuindo a capacidade de conduzir o sangue total desse corpo.
Então esse sangue permanecerá em maior quantidade nos vasos restantes exercendo maior pressão contra suas paredes e aumentando a resistência vascular periférica total.
# O fluxo sanguíneo total de um adulto em repouso é 5 L/min, é medido pela quantidade de sangue que passa pela aorta. Sendo assim também pode ser referido como o débito cardíaco arterial, já que é a quantidade de sangue bombeado pelo coração para a aorta (ventrículo esquerdo) por minuto. #
O débito cardíaco é a quantidade de sangue bombeada por ambos os ventrículos, portanto esse acima seria somente o débito cardíaco arterial.
Pressão Alta e Variações
do Fluxo Sanguíneo
O aumento da pressão pode causar tanto um grande aumento do fluxo, como também pode provocar uma diminuição a ponto do fluxo sanguíneo reduzir-se a zero.
O que irá determinar isso será o motivo pelo qual a pressão aumentou.
* Elevação da Pressão Arterial por Aumento do Volume Sanguíneo:
Há maior pressão no vaso por causa de mais sangue sendo bombeado do coração por minuto - Aumento do Débito Cardíaco.
Nesse caso o aumento da pressão vascular, não aumentará somente a força que o sangue terá que ser impulsionado pelo vaso (devido a um gradiente de pressão menor), mas também que esse aumento da pressão causará uma distensão nos vasos, reduzindo a resistência vascular e aumentando o diâmetro.
Possibilitando a passagem de muito mais sangue por uma determinada quantidade de tempo, ou seja, aumentará o fluxo sanguíneo por dois mecanismos.
Então em um vaso com pressão arterial de 100 mmHg, terá o fluxo de 4 a 6 vezes mais elevado do que o fluxo de um vaso a 50 mmHg, e não somente duas vezes mais elevado, como seria de se esperar.
* Elevação da Pressão por Aumento da Resistência:
Quando há inibição da atividade simpática por exemplo; a atividade parassimpática se sobressai, perdendo o tônus muscular causado pelo simpático e causando grandes dilatações nos vasos periféricos (arteríolas), assim a pressão arterial irá diminuir, porém isso aumenta o fluxo sanguíneo como sabemos que ocorre pelo aumento do diâmetro.
Já no caso de estimulação simpática, há contração das arteríolas e isso aumenta a pressão arterial.
Porém mesmo com a pressão arterial alta, o fluxo sanguíneo fica muito reduzido que pode até mesmo chegar a zero por alguns segundos.
Diâmetro pequeno = fluxo sanguíneo baixo.
Curiosidades da Microbiologia - Pães
Posted on segunda-feira, 5 de agosto de 2013
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Microbiologia
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Fermentação de Pães
Esse microrganismo é uma levedura que na presença do amido da farinha, que depois de misturado com a água é quebrado em maltoses e glicoses:
- Maltose:
Essa levedura irá agir sobre esses carboidratos simples os fermentando, formando álcool (etanol no caso do pão convencional) e dióxido de carbono (CO2).
Fermentação: Processo onde o piruvato é oxidado utilizando a coenzima NADH+ e H+ e resultando no fim do processo o NAD+. Esse NAD+ por sua vez irá ajudar a oxidar novamente novas moléculas de glicose, portanto a fermentação é um processo cíclico com a glicólise.
A matriz pegajosa formada na massa do pão (no caso da massa feita com farinha de trigo) essa matriz é formada por proteínas compondo o glúten.
- Glúten: É uma mistura de cadeias proteicas longas de gliadina e glutenina.
Cerca de 7 a 15% da farinha de cereais, ou seja, a trituração de grãos como o trigo, é proteína.
No caso do trigo a proteína que prevalece é a gliadina e glutenina, ou seja, o glúten.
Existe também uma pequena parcela de lipídios e a maior parte, por volta de 40 a 70% da composição dos cereais, é carboidratos.
Então por essas proteínas formarem uma cadeia longa que é uma espécie de rede, não permite totalmente a saída do CO2 produzido na fermentação, fazendo assim com que a massa cresça.
Essas matrizes formadas por essas cadeias de proteicas originadas de outros tipos de farinhas, dão origem a pães diferentes, a matriz de glúten é a que faz a massa crescer mais (comparada aos diferentes tipos de massas), pois retém melhor o CO2.
Essas matrizes formadas por essas cadeias de proteicas originadas de outros tipos de farinhas, dão origem a pães diferentes, a matriz de glúten é a que faz a massa crescer mais (comparada aos diferentes tipos de massas), pois retém melhor o CO2.
Os pães inicialmente eram fermentados por leveduras que ao acaso estavam no ar, até que os padeiros passaram a manter uma cultura iniciadora de levedura, ou seja, a massa da última fornada de pães.
Hoje em dia utiliza-se fermentos artificiais, onde há mistura de bicarbonato de sódio, que quando aplicado a massa libera CO2, igualmente a fermentação, proporcionando assim também com que a massa cresça.
O pão azedo tem a maltose fermentada por uma bactéria do gênero Lactobacilos, (além da fermentação pela levedura Saccharomyces cerevisiae) o resultado de sua fermentação são ácidos lácticos e acéticos, que dão o gosto azedo à massa.
Porém esse é um Lactobacilo diferente dos encontrados na fauna normal do ser humano e outros animais.
Também é geneticamente diferente dos Lactobacilos fermentadores de leite, essa bactéria então foi denominada Lactobacillus sanfrancisco, pois sua colônia foi encontrada na massa das famosas padarias de São Francisco onde os melhores e mais antigos pães azedos eram produzidos.
Então quando o amido era quebrado, a glicose era fermentada por uma levedura (comumente Saccharomyces cerevisiae), gerando CO2 e álcool, ou por essa bactéria (Lactobacillus sanfrancisco) gerando ácidos.
Então quando o amido era quebrado, a glicose era fermentada por uma levedura (comumente Saccharomyces cerevisiae), gerando CO2 e álcool, ou por essa bactéria (Lactobacillus sanfrancisco) gerando ácidos.
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