Receptores do Simpático
- O receptor Beta 1 fica no coração, ele é ativado pela noradrenalina e adrenalina.
Quando ativado aumenta a frequência cardíaca e a força de contração, fazendo assim que aumente o débito cardíaco.
- Rins: Possuem beta 1, quando ativa estimula a liberação de renina pelas células justaglomerulares.
Havendo assim maior transformação da proteína angiotensinogênio em angiotensina I, que é convertida pela ECA para angiotensina II, que estimula a produção de aldosterona pela suprarrenal.
A aldosterona promove maior reabsorção de sal e a angiotensina II promove vasoconstrição.
Desse jeito, pode-se notar que a ativação do beta 1 traz dois efeitos importantes no organismo que são aumento da volemia e da pressão arterial.
- Os vasos sanguíneos da pele, das mucosas e vísceras possuem alfa 1, que quando ativado produz vasoconstrição.
Aos vasos só vai fibra de simpático que libera acetilcolina nos M3, provocando vasodilatação, mas esses alfa 1 podem ser ativados pela adrenalina e causar o aumento da pressão.
Se isso acontecer, o sistema nervoso central capta esse estímulo de aumento de pressão e estimula o parassimpático a liberar Ach, diminuindo o débito cardíaco.
- Nos pulmões se encontram receptores beta 2, que quando ativados pela noradrenalina provocam broncodilatação.
- O fígado possui beta 2, quando ativado aumenta a liberação de glicose por promover maior glicogenólise (quebra de glicogênio) e maior gliconeogênese (fabricação de glicose através de lipídios e proteínas).
- Nos músculos esqueléticos existe receptores beta 2, que quando ativados promovem a contração da fibra branca e relaxamento da vermelha, o que causa tremores.
- Tubo gastrointestinal: possui beta 2 e alfa 1, quando ativado produz relaxamento da musculatura lisa, diminuindo o peristaltismo.
- Trato urinário: Possui beta 2 e alfa 1, quando ativados se produz relaxamento da musculatura lisa da bexiga, diminuindo a micção.
- Os olhos possuem beta 2 e alfa 1, quando ativados a pressão intraocular aumenta, ocorre midríase e o foco da visão fica focado para longe, sendo turva a visão para perto.
Agonistas do Simpático
Também podem ser chamados de:
- Agonistas adrenérgicos
- Agonistas noradrenérgicos
- Agonistas alfa/beta
- Simpatomiméticos
Os fármacos agonistas do simpático podem ser seletivos de receptores beta 1, mas também ativarem em menor intensidade o beta 2.
* Os principais fármacos não seletivos agonistas do simpático são:
(não seletivos, eles ativam tanto receptores alfa quanto beta)
- Noradrenalina: Tem maior afinidade a receptores alfa, mas também ativa beta em menor intensidade. (para manutenção da pressão arterial)
- Adrenalina: Preferência por receptores beta, mas também ativa alfa em menor intensidade.
* Mecanismo de ação:
Agonista do simpático não seletivo.
* Uso clínico:
- Parada cardíaca:
É utilizado agonista do beta 1 que é o receptor do simpático que fica no músculo cardíaco, sendo assim, quando ativado estimula o aumento do débito cardíaco.
Necessita administrar atropina, que é antagonista do parassimpático, para impedir a ativação dos M2 pela Ach e impedir a constante queda do débito.
Então se na parada cardíaca for administrado adrenalina, no sangue ela poderá se liga a receptores alfa 1 dos vasos e promover vasoconstrição, causando aumento da pressão, além do aumento do débito cardíaco por ativação de beta 1 no coração.
A estabilização do débito cardíaco é conseguido pela administração de dobutamina depois da adrenalina, para manter o débito cardíaco constante.
O aumento da pressão arterial causa uma compensação fisiológica que leva o sistema nervoso central ativar o parassimpático, liberando mais Ach, para tentar diminuir o débito e consequentemente a pressão (que é impedido pela atropina).
- Choque anafilático:
É caracterizado por alta liberação de histamina generalizada, então administra-se adrenalina.
Pois a histamina é vasodilatadora diminuindo a pressão arterial bruscamente.
A adrenalina aumenta a pressão pela ativação dos alfa 1.
A histamina também é broncoconstritora, como a adrenalina tem efeito mais potente em beta, ela ativa os beta 2 do pulmão causando broncodilatação.
- Choque hipovolêmico:
Caracterizado pela diminuição da pressão arterial e parada cardíaca, para isso administra-se adrenalina que ativa alfa 1 nos vasos e beta 1 no coração.
Aumentando o débito cardíaco, aumento da pressão arterial e consequentemente causa broncodilatação.
* Efeitos Colaterais:
Agonistas Seletivos Alfa 1
* Os principais fármacos seletivos de alfa 1 agonistas do simpático são:
Oximetazolina, nafazolina.
* Mecanismo de ação:
Agonistas de alfa 1.
* Uso Clínico:
- Congestão nasal: Causada por diminuição do espaço nas vias aéreas, muitas vezes por processo inflamatório e criação de edema.
Então o agonista alfa 1 o ativa e ocorre constrição dos vasos que causa retração da mucosa, por diminuição de edema.
Melhorando assim a passagem do ar.
- Congestão Ocular: Para tratar olho vermelho, por dilatação dos vasos.
Com administração de fármacos agonistas de alfa 1 (oximetazolina, nafazolina) ocorre vasoconstrição deles deixando a esclerótica do olho bem branca.
* Efeitos Colaterais:
Agonistas Seletivos Beta 1
* Os principais fármacos seletivos de beta 1 agonistas do simpático são:
Dobutamina.
* Mecanismo de Ação:
Agonistas beta 1.- Para a manutenção do Débito Cardíaco:
Mantém alto o débito cardíaco pela ativação do beta 1 no coração.
* Efeito colateral:
Agonistas Seletivos Beta 2
* Os principais fármacos seletivos beta 2 agonistas do simpático são:
Fenoterol, salbutamol, terbutalina.
* Mecanismo de Ação:
Agonistas de receptores beta 2.
* Uso Clínico:
- Tratamentos de Asma: pois causam broncodilatação, pela ativação do beta 2.
São utilizados principalmente o fenoterol e salbutamol.
- Em riscos de partos prematuros: É utilizado a terbutalina que ativa os receptores beta 2 do músculo uterino e faz com que ocorra seu relaxamento.
* Efeitos Colaterais:
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