Anemias Hemolíticas
Para se identificar uma anemia hemolítica pelo hemograma pode-se olhar a quantidade de reticulócitos, pois como há perda de glóbulos vermelhos, essas anemias caracterizam um estado de hiperproliferação.
Então está havendo uma grande atividade eritropoiética, liberando muito reticulócitos na corrente, sendo que se o valor de reticulócitos no sangue estiver acima de 3% caracteriza-se esse quadro.
Esse número de reticulócitos também é importante para diferenciar aneminas hemolíticas de anemias carenciais, pois essas possuem o número de reticulócitos menor do que 3% no sangue (baixa produção de hemácias, ou seja, baixa atividade eritropoiética).
* Causas:
As anemias hemolíticas podem ter causas intraeritrocitárias (defeitos nas hemácias que as levem à destruição) ou extraeritrocitária (problemas onde a hemácia vive que causam a sua perda).
- Intraeritrocitárias:
- Hemoglobinopatias: São defeitos na hemoglobina ou em sua função normal como ocorre na talassemia e na anemia falciforme.
- Eliptocitose hereditária.
- Esferocitose hereditária: Essas duas últimas são eritrócitos com formatos diferentes por serem retirados precocimente da medula (não tendo a função de uma hemácia normal).
- Extraeritrocitárias:
- Anemia causada por alguma reação autoimune, como anticorpos que reconhecem as hemácias.
Como ocorre nos casos de Eristroblastose fetal (mãe produz anticorpos contra o fator RH do feto) e lupus endematoso sistêmico.
- Infecções parasitárias: Como a malária que causa a destruição das células sanguíneas.
- Anemia por microangiopatia: Problemas e choques na microcirculação como também pode causar anemia o mau fechamento das válvulas cardíacas que faz as hemácias se chocarem nelas.
- Anemia por drogas como metildopa utilizada para abaixar a pressão, quando utilizada por gravidas aumenta o risco de anemia.
Anemias Carenciais
As anemias carenciais podem ainda ser divididas entre elas de acordo com o valor do VCM (volume corpuscular médio), se ele estiver aumentado são anemias macrocíticas, se ele estiver diminuido são anemias microcíticas.
Mas ele ainda pode estar dentro do valor de referencia caracterizando uma anemia normocítica.
- Anemias Macrocíticas:
- Anemia de ácido fólico.
- Anemia Perniciosa: ocorre por deficiência do fator intrínseco que fica nas células parietais gástricas, não conseguindo absorver B12.
- Anemias Normocíticas:
- Anemia por insuficiência renal crônica: ocorre pela falta ou baixa produção de eritropoetina.
- Anemia por leucemia (neoplasia que ocorre na medula imposibilitando a produção normal dos elementos sanguíneos).
- Anemia hemorrágica (não é só uma anemia carencial por falta de substrato, mas também é uma anemia hemolítica extraeritrocitária já que há o aumento da produção e portanto os reticulócitos estão acima de 3% no sangue).
- Anemias Microcíticas:
* Possuem o RDW aumentado, portanto as hemácias estão com anisocitose.
- Anemia Ferropriva: falta de ferro para a produção dos eritrócitos.
Nesse caso além dos eritrócitos serem microcíticos e anisocíticos, eles também são hipocrômicos.
- Anemia Sideroblástica: Excesso de ferro na medula óssea e a não produção adequada de grupo heme mesmo com a presença de ferro.
Pode ocorrer pela falta de vitamina B6 (piridoxina).
* Possuem o RDW abaixo do valor de referência, são microcíticas porém não há anisocitose.
- Traço talassêmico.
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