Tipos de Antagonismo
Competitivo
No antagonismo competitivo, o antagonista compete pelo mesmo receptor do agonista.
Nas células cardíacas têm a presença um receptor chamado de beta 1, onde a noradrenalina é seu agonista endógeno.
Quando a noradrenalina se liga ao beta 1, abre-se canais para entrada de cálcio na célula, gerando diferença de potencial e impulso mais rapidamente, causando aumento das contrações celulares, consequentemente aumento de bombeamento cardíaco e o débito cardíaco.
Sendo então um antagonista competitivo da noradrenalina.
Sendo então um agonista exógeno.
Não Competitivo
No antagonismo não competitivo, o antagonista irá impedir os sinais celulares gerados pela ativação de um receptor pelo agonista.
Esse impedimento é feito pela ativação de um outro receptor que cause efeito contrário ao da ativação do receptor do agonista.
* Verapamil: é um antagonista não competitivo da noradrenalina, bloqueando os efeitos intracelulares causados pela ativação do beta 1 pela noradrenalina.
Ele é considerado da classe dos bloqueadores dos canais de cálcio.
Quando se liga ao seu receptor faz com que os canais de cálcio não possam ser abertos, então não havendo aumento na intensidade do bombeamento nem aumento no débito cardíaco.
Os agonistas ou antagonistas quando se ligam a receptores, eles se ligam, ativam o receptor, mudando a conformação do receptor e então eles se soltam.
Químico
No antagonismo químico, o antagonista é uma substância que se liga quimicamente a outra (ao agonista) inativando-a, não a deixando causar seu efeito sobre o receptor e resposta do organismo.
Fisiológico
Parecido com o antagonista não competitivo, mas é um tipo de antagonismo que ocorre fisiologicamente.
No organismo existe um receptor que faz uma certa ação e um que a antagoniza.
Inclusive possui fisiologicamente agonistas desses dois tipos de receptores.
Como nas células do coração possui receptores que estimulam as ações do coração, aumentando o débito cardíaco que é o beta 1 e seu agonista, a noradrenalina.
Nessas mesmas células existe receptores muscarínicos que quando ativados diminuem o débito cardíaco, seu agonista é a acetilcolina.
Cada um desses receptores fazem parte de um tipo do sistema nervoso autônomo, ou simpático ou parassimpático e são constantemente ativos, antagonizando o efeito um do outro e mantando-se em equilíbrio.
Farmacocinético
No antagonismo farmacocinético, o antagonista altera alguma característica farmacocinética do agonista (podendo ser sua absorção, distribuição ou eliminação), diminuindo sua concentração no seu local de ação.
*Por exemplo, pode influenciar na eliminação:
Eliminação mais rápida.
* Antialérgicos antagonizam a histamina na ativação do receptor H1.
10 comentários:
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